Em novembro, o Brasil realizará as eleições municipais, e os Estados Unidos escolherão o presidente para os próximos quatro anos. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos se denominam como democracias, e as eleições consistem em uma expressão fundamental deste sistema político, que se caracteriza como uma temática de histórico milenar. Os gregos antigos, mais de 2 mil anos atrás, já discutiam sobre democracia.
Atualmente, existe democracia plena, por exemplo, nos Estados Unidos? Pois bem, o fato é que a democracia estadounidense nunca foi plena. Um dos argumentos que reforçam essa tese reside no aspecto monopolista da política naquele país. Os Estados Unidos contam com um sistema multipartidário, porém monopolizado por duas agremiações, os famosos partidos Democrata e Republicano. Fica a pergunta: os Estados Unidos são multipartidários ou bipartidários? A certeza é de que, sim, existem vários partidos, a maioria de apenas “figurantes”, em um cenário dominado por democratas e republicanos.
No caso da China, outra potência mundial, temos o costume de dizer que os chineses são limitados ao “partido único”, o Partido Comunista. Esquerdistas defendem a China ao afirmar que, no gigante asiático, há sim uma caracterização multipartidária. Ou seja, na China existem vários partidos, porém o Partido Comunista pratica um monopólio que lembra um pouco o que democratas e republicanos fazem nos Estados Unidos.
Em relação a Cuba e China, ambos governados por comunistas, a esquerda defende que esses países expressam sua democracia através da participação de organizações comunitárias em processos decisórios.
Portanto, é possível desconstruir aquela ideia rígida de que os Estados Unidos são uma “democracia plena”, e de que Cuba e China são “ditaduras inflexíveis”. O que podemos afirmar: em todos estes casos, há um controle de grandes partidos políticos sobre a população.