Cristiano Silva
Se questionar. Buscar saber qual o real papel da empresa. Entender as necessidades da comunidade. Esses foram os motivos que justificaram a criação da ação Diversidade na Rua, promovida pela Mercur, no último sábado à tarde no ginásio da Unisc em Santa Cruz do Sul.
A empresa, fundada em 1924, sempre esteve inserida no mercado educacional através dos seus produtos dentrodo segmento de material escolar, porém em 2010, a partir da decisão estratégica tomada pela empresa em retirar os produtos licenciados da sua linha de produção, buscou focar exclusivamente na real necessidade da comunidade, como conta Fabiane Lamaison do setor de comunicação da Mercur: “Com esta decisão estratégica que tomamos, buscamos nos questionar sobre o real papel da empresa na educação. Após buscarmos estar mais próximos das salas de aulas, justamente para entender os pontos que preocupavam, nos deparamos com a questão da necessidade especial e da inclusão, e vimos que havia grandes carências nessas áreas, desde materiais, serviços, produtos, até mesmo em necessidades físicas. Então, a partir disso, criamos o projeto Diversidade na Rua para compreender a vida dessas pessoas e saber como ajudar e o que fazer para melhorarmos e aperfeiçoarmos nossos materiais. Hoje é o primeiro encontro e a ideia principal da ação é fazer com que as pessoas presentes experimentem e se permitam expressar o que sentem.”
Divulgação/RJ
Ação da Mercur teve como objetivo a interação e aprendizado entre os presentes
Neste primeiro encontro houve 40 pessoas inscritas selecionadas para interagir com os materiais que a empresa disponibilizou, como giz de cera, lápis de cor, borrachas, cola para artesanato, canetinhas, entre outros. Esses materiais disponibilizados têm características específicas para facilitar o manuseio de pessoas com algum tipo de necessidade.A pedagoga de educação especial Elena Goldschmidt falou da importância desta ação para as crianças com necessidades especiais: “O aprendizado evolui. Os alunos com necessidades especiais têm dificuldade na parte motora, então esses produtos são facilitadores. A iniciativa é válida”. Para a fonoaudióloga Tatiana Farias, os materiais da Mercur dispostos na ação fazem com que as crianças se sintam inseridas e facilite a aprendizagem: “Para pessoas ou crianças com alguma necessidade especial, materiais normais tornam as condições de aprendizado mais difíceis, mas esses materiais usados na ação dão oportunidade delas fazerem o trabalho e se expressarem através de um material que seja possível para elas”.
Divulgação/RJ
Materiais com características específicas foram usados na ação promovida pela empresa
Para os próximos encontros o número de pessoas irá aumentar, como diz Fabiane: “A Mercur selecionou estes primeiros 40 inscritos que fazem parte desta primeira rede, mas como a ideia são três encontros, cada um desses primeiros 40 terão a missão de convocar uma pessoa para o próximo encontro e da mesma forma para o outro, ou seja, no próximo encontro teremos 80 pessoas e no encontro final teremos 120 pessoas.”
A ação segue com os próximos dois encontros nos dias 4 e 25 de maio no Ginásio da Unisc em Santa Cruz do Sul.