No encontro entre os grandes e os pequenos de Porto Alegre, não foi fácil para os gigantes Inter e Grêmio. No Estádio do Vale em Novo Hamburgo, o Internacional sofreu para ganhar do São José, que saiu na frente. Só na parte final do jogo, o time colorado conseguiu empatar com Rafael Moura.
Mas como sempre falei, o Gauchão é importante não só para entrosar a equipe, mas também para ver os problemas que o time apresenta e que pode corrigir a tempo de disputar o Campeonato Brasileiro e a própria Copa do Brasil que já inicia na próxima semana com o jogo contra o Remo. O jogo contra o São José teve uma baixa, o meia D’Alessandro que saiu machucado.
Em Gravataí no Vieirão, estádio emprestado pelo Cerâmica ao Cruzeiro, um jogo cheio de emoção, intenso, com muitas situações de gols, mas que terminou com o placar de zero a zero. O Grêmio perdeu chances incríveis com Dudu e Zé Roberto, entre tantas outras que não foram tão claras, mas o Cruzeiro também andou rondando o gol de Marcelo Grohe.
O jogo em Gravataí colocou o técnico Enderson Moreira pra pensar. Quando Riveros voltar e vai ter que jogar, quem vai sair? Pra mim sai Zé Roberto e fica Dudu junto com Luan e Barcos. Zé Roberto vem confirmando o que eu já desconfiava a tempos, é um jogador que gira muito de um lado para o outro e dificilmente faz uma jogada produtiva, para frente e que resulte em situação de gol. Na quarta-feira, ainda perdeu uma chace incrível de fazer o gol da vitória. Dudu na vaga do veterano, pra mim não resta dúvida.
A emoção de xingar
O futebol é emocionante, talvez o esporte mais emocionante de todos, principalmente aqui no Brasil. Para algumas pessoas que se dizem torcedores, ou querem parecer mais torcedores que os outros, o futebol é usado para aparecer mais em meio a uma multidão, parecer mais homem, um herói entre tantos “normais”.
Tenho observado nestes mais de trinta anos em estádios, que independente de lugar, de clube, de tamanho, de competição que disputa, em meio a uma multidão de torcedores sempre tem os que gritam mais, os que vibram mais, os que cantam mais, os que curtem mais as emoções do futebol, muitos acompanhados da família, da namorada, ou dos amigos.
O pior é que no futebol tem aqueles que precisam xingar. A emoção deles é xingar alguém, ofender alguém, seja o árbitro, os adversários, os jogadores do próprio time e quando não tem ninguém para xingar dentro do campo, quando deu tudo certo e o time dele venceu, na ânsia de xingar sem correr o risco de ter que voltar pra casa sem ter xingado alguém, aí, bom, aí sobra pra nós…
Não foi a primeira vez, centenas de vezes já aconteceu por todos os cantos do estado e do país. Comigo quando acham que se fala mais de um time do que de outro, quando acham que se torce para um outro time da cidade, ou até no caso de acharem que se fala mais dos times da capital do que da cidade deles.