Hoje a frequência temática da minha crônica não tem como fugir do tema dos 150 Anos do Colégio Mauá, instituição que me recebeu em 1959, vindo direto da roça de Sinimbu, para uma jornada de quase 40 anos, cumprindo as mais diversas funções como aluno, auxiliar do internato, auxiliar da secretaria, supervisor dos internos no estudo, professor, diretor do internato feminino com minha esposa Silvania, vice-diretor e finalmente diretor geral, por bondade do meu sempre diretor Hardy Elmiro Martin.
A minha jornada no Colégio Mauá foi vivida intensamente em todos os sentidos, porque foi uma escola que me acolheu, meu deu oportunidade de trabalho e me desafiou ao crescimento, porque, mesmo sem formação ainda, me colocou na sala de aula como professor substituto e, finalmente, me entregou as aulas de Português no 1º, 2º e 3º Ginasial. Muita coragem!
Eu quase morri preparando aula, me inspirei no que aprendera nas memoráveis aulas de Português do meu eterno Professor Hardy Elmiro Martin e nas primeiras aprendizagens na Faculdade em Bagé, onde fazia faculdade de férias, com outros cinco colegas do colégio!
Atividade era intensa, o trabalho se estendia fim de semana afora, tal a intensidade das tarefas, porque envolvia a vida de muitos jovens e suas famílias. No fim de semana, sábados e domingos à noite, tinha o cinema no Victória, e era necessário acompanhar os jovens. Nunca poderiam ir sozinhos a lugar nenhum. Isto também ensejava integração e amizade, a tal ponto que os contatos se tornavam efetivos, e o internato se tornou uma instituição, integrada ao colégio. Só quem passou por ele, sabe o que verdadeiramente significa, um pouco diferente da história do Ateneu…
Hoje é um dia de silenciar e olhar para trás e reconhecer a trajetória de todos que ajudaram a construir a história vitoriosa do Mauá e sua presença marcante na vida de gerações.