Pelos próximos dias, mais de 2,5 mil residências de Santa Cruz do Sul serão visitadas por agentes de combate às endemias que realizam o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) do ano. A coleta intensiva de larvas do mosquito – transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela – começou na segunda-feira, 20, em diversos bairros da cidade e também no interior. A pesquisa é feita periodicamente para analisar o índice de infestação pelo Aedes e mapear pontos de maior incidência para uma atuação mais rigorosa da Vigilância Sanitária.
Os 21 agentes de combate às endemias do município fazem visitas simultâneas em quarteirões sorteados. Terminando um bairro já se deslocam para outro. As coletas devem ser concluídas até quarta-feira da semana que vem, dia 29. Além de residências, também estão sendo vistoriados terrenos baldios e térreos de edifícios. As larvas encontradas em recipientes com água parada são enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e os resultados ficam prontos em aproximadamente 10 dias.
Para as visitas domiciliares, os servidores se apresentam devidamente uniformizados. A Vigilância Sanitária solicita à comunidade que facilite o acesso aos pátios. “A colaboração de todos é fundamental para a eficácia do trabalho. É muito importante que a população receba os agentes, especialmente nos condomínios fechados”, pede a chefe do setor de Combate a Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Juliana Hofmeister.
Descuido de poucos dias é suficiente para proliferação
No Bairro Bom Jesus, a agente de combate às endemias Fabiula Velloso visitou 20 moradores até o início da tarde deste primeiro dia de levantamento e, nesta amostra, já encontrou cinco residências com possíveis focos do Aedes Aegypti. A casa do André Luis dos Santos foi uma delas. Na vistoria de rotina feita pela profissional há dez dias, nada havia sido encontrado. Hoje, depois das últimas chuvas, um recipiente com água parada no fundo do pátio já havia resultado em dezenas de larvas.
Os dias de calor e umidade favorecem a proliferação do Aedes Aegypti e, por isso, os cuidados têm que ser redobrados. “Com estas pancadinhas de chuva, o pessoal precisa cuidar ainda mais, conferindo sempre vasos de flores, pneus, recipientes de geladeiras antigas”, lembra Fabiula. A reprodução do mosquito é muito rápida e, apesar de a população estar bastante conscientizada, todo o cuidado é pouco. “Nesta casa, eu já tinha vindo há poucos dias e o pátio estava bem limpo, só que com um pequeno descuido já encontrei várias larvas agora”, detalha.