Luana Ciecelski
Hora do lanche vai ter espaço mais adequado para acontecer
LUANA CIECELSKI
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A comunidade escolar da José Mânica, escola situada no bairro Esmeralda em Santa Cruz do Sul, recebeu uma notícia importante na noite da última segunda-feira, 13 de abril. Durante uma reunião com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), foi anunciada a construção de um espaço que servirá de cozinha e de refeitório, ainda para 2015. O Mânica, como é comumente chamado, teve parte da sua estrutura com salas de aula, cozinha, refeitório, banheiros, biblioteca, laboratório de informática e toda a parte administrativa interditada em 2012 e demolida em 2013 por causa da grande quantidade de rachaduras que tornavam perigosos os prédios para os professores e alunos.
De acordo com a vice-diretora do turno da tarde da escola, Lisemara Mostardeiros, a ideia de uma construção parcial surgiu no início da atual gestão da CRE. Segundo ela, a direção e a comunidade escolar decidiram que se de fato era necessário fazer uma escolha, ela seria em prol do refeitório e da cozinha, partes que mais fazem falta. Ficou a cargo do coordenador regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura, levar essa decisão ao secretário estadual de Educação, Carlos Eduardo Vieira da Cunha.
No último dia 8 de abril, Moura foi até Porto Alegre acompanhado pela coordenadora adjunta, Janaína Venzon, e pela responsável pelo Setor de Obras e Patrimônio da 6ª CRE, Carmen leda Rizzi, e o grupo conversou com Vieira da Cunha. Na oportunidade, foi entregue ao secretário um dossiê retratando a atual situação da escola e dos alunos. Vieira da Cunha prometeu então agilizar as obras e disse ser possível a construção parcial dessa estrutura para os meses de julho e agosto.
Notícia boa e ruim
Essa decisão foi comunicada para professores, pais e alunos na última segunda-feira. No entanto, a notícia dada à comunidade escolar foi considerada boa e ruim ao mesmo tempo. Ela anuncia uma proposta do Governo do Estado, no entanto, mais uma vez uma alternativa é apenas provisória. Os prédios que serão instalados emergencialmente serão salas moduladas ou containers que funcionarão até a construção da estrutura definitiva do novo prédio. Essa construção, por sua vez, foi prometida para 2016.
De acordo com Lisemara, mesmo assim a expectativa é muito grande. “De acordo com o que o coordenador nos apresentou na reunião, o projeto da cozinha e refeitório terá origem em São Paulo e deverá ser melhor do que as salas modulares entregues até o momento para que os alunos pudessem estudar provisoriamente”, explicou. Além disso, ela acredita que esse já é um bom começo.
Escolha visa o bem-estar dos alunos
De acordo com a direção do José Mânica e com a Coordenação da 6ª CRE, a decisão de fazer uma construção parcial apenas de um espaço para a cozinha e o refeitório tem como principal objetivo o bem-estar dos alunos. A construção total do prédio novo para abrigar toda a estrutura da escola levará em torno de três anos e a construção de apenas um refeitório-cozinha, apenas algumas semanas.
“Não podemos ficar mais três anos nessa situação, mas tendo um refeitório essa espera é mais fácil”, explica a vice-diretora da tarde. “Não tinha como continuar assim, oferecendo um dia bolo, no outro dia bolacha. Em pouco tempo o inverno está chegando e não dá pra ficar sem oferecer uma comida quentinha para os alunos. Por isso optamos por priorizar a cozinha e o refeitório”, explica.
A situação agora é de espera. Segundo Lisemara, tanto a direção da escola como os pais dos alunos prometem que farão uma cobrança constante à 6ª CRE pelo início das obras provisórias. “Vamos esperar e cobrar. Esperamos que essas reformas realmente aconteçam muito em breve”, declarou.