Destacado pelo governador Tarso Genro para buscar alternativas de diversificação de produção para os fumicultores gaúchos, o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, quer potencializar o programa desenvolvido em conjunto com a Souza Cruz. Por esta iniciativa, desenvolvida há mais de 20 anos, o produtor é estimulado a semear milho ou feijão após a colheita do fumo, aproveitando os resíduos da adubação do tabaco que ficam no solo.
O secretário encomendou à empresa privada (Focking) a elaboração de projeto que permita a utilização das 150 mil estufas para secagem do fumo, instaladas em pelo menos 90 mil propriedades do Estado, como unidades de estocagem e secagem do milho.
As estruturas têm capacidade para armazenar até 7,5 milhões de toneladas e permanecem ociosas de nove a dez meses por ano, pois hoje só são aproveitadas para secar fumo. “Penso num silo metálico, desmontável, de fácil operacionalização, que seria instalado dentro das estufas atuais que podem secar o grão, mas não possuem estrutura para armazenar”, explicou Mainardi.
O projeto seria complementado com a massificação de sistemas de irrigação, capazes de aumentar a produtividade e a qualidade do milho e do próprio tabaco. Neste final de semana, acompanhado de técnicos da Focking, da Souza Cruz e da Emater, Mainardi visitou, na Linha Pinheiral, interior de Santa Cruz, a propriedade de Áureo Luiz Schuh, onde está sendo implantado um silo/secador a partir de projeto desenvolvido pela Emater. Secando e armazenando na propriedade, o produtor reduziria custos e poderia aumentar a sua lucratividade, esperando o melhor momento para vender o milho. (Marcos Pérez/Redação Secom)