Desde o Gênesis (Gn 3.15), logo após a infeliz concretização da desobediência de nossos primeiros pais, quando ainda habitavam o Jardim do Éden, Deus naquela ocasião lhes prometeu um redentor de origens divina e humana a fim de desfazer com todo o caos das rebeldias que criaturas racionais haveriam de perpetrar no planeta. Fiquem certos disso, meus prezados, não ficamos abandonados à sorte das desgraças; Deus nos deu um refúgio seguro para a paz – Jesus Cristo, seu Unigênito Filho, o Príncipe da Paz (Is 9.6).Com Ele (Jesus) aprendemos a lidar fraternalmente com os nossos semelhantes nos ambientes e situações de tensões. Somos por meio de seus ensinamentos estimulados a vivermos a vida como pacificadores (Mt 5.9); a não nos apossarmos do nosso espaço na Terra pelas vias da competição predatória, mas sim pela mansidão (Mt 5.3); a estarmos decididamente dispostos a sermos misericordiosos (Mt 5.7).Vivermos os ensinamentos do Príncipe da Paz (Jesus) é adentrarmos a realidade do mundo que o Criador propôs para as suas criaturas todas. Pois, a verdade é: só os pacificadores, mansos e misericordiosos são capazes de construir e sustentar uma convivência de harmonia e respeito com tudo e com todos. Neste mundo tão perturbado por deflagrações de todas as espécies, onde ardem furiosas as chamas do ódio e do desrespeito às leis, nada mais consolador do que ouvirmos as exortações de Cristo à fraternidade, à harmonia, o amor ao próximo, à semeadura do bem e da paz. Pela crença nos Evangelhos somos transformados e encorajados a transpormos as linhas divisórias traçadas, pelos homens sem Deus, para separar ricos de pobres, sábios de indoutos, brancos de negros, santos de pecadores. Ao propor a aproximação sem preconceitos das diferenças Cristo não propôs a vinculação as práticas do mal. Muito pelo contrário, seu propósito sempre foi o de usar seus discípulos como engenheiros de uma nova construção existencial, onde no palco da existência os artistas construtores sejam indivíduos que expressem um caráter pacífico e santificado, em que o grande e supremo roteirista seja o Senhor Jesus Cristo, o Mestre por excelência. Sua Palavra nos diz: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti” (Is 26.3). E, ainda mais, “segui a paz com todos, e a santificação sem a qual ninguém verá a Deus” (Hb 12.14). Portanto, hoje, ao pé desde monumento, símbolo da fé cristã – a Cruz –, a qual aponta para o magnífico projeto de Deus no sentido de estabelecer a paz no mundo, mediante o que escreveu o profeta Isaías sete séculos antes da morte vicária do Filho de Deus, isto é, “… o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele…” (Is 53.5). A Cruz, meus prezados, é o único ponto de intersecção entre Deus e o homem. Através dela podemos conhecer o Deus do amor, do perdão e da paz. Na Cruz o Senhor Jesus se ofereceu pelo pecado do mundo. Na Cruz, Deus fez brilhar o amor por todos nós. Junto à Cruz o pecador que se arrepende é libertado da carga de seus pecados e se reconcilia com o seu Criador (Lc 23.42,43). A Cruz é a chave que nos abre a porta do Céu, do coração e da mente para reconhecermos as nossas faltas e a nossa total incapacidade de salvarmos a nós mesmos. Ela é o ponto de partida para o acesso certo a uma vida nova, na presença de Deus, onde encontramos salvação, descanso, alegria e paz. Senhoras e senhores, o Senhor Jesus Cristo veio a este mundo e morreu pelos nossos pecados e ao terceiro dia ressuscitou (1Co 15.3-4), triunfando sobre a violência, o desprezo e a morte! E, como nosso insuperável Príncipe da Paz, está levantando uma nova civilização, formada por pessoas convictas e perseverantes que sabem para onde estão indo, às quais está reservada a sua promessa que diz: “Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Convidamos a você que nos ouve a fazer parte desta nova civilização. A civilização dos que dizem “não à violência”. Daqueles que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Portanto, aceite a Jesus como seu único e suficiente salvador e peça a Ele, o Príncipe da Paz, para que te dê um lugar no seu Reino, onde a justiça e a paz serão para sempre. Venha para Jesus agora mesmo. Concluímos nossa mensagem desejando, em nome de nosso pastor presidente Neemias da Silva e de todos os membros de nossa Igreja Evangélica Assembleia de Deus, um ano de muita paz para todos os habitantes de nossa maravilhosa cidade de Santa Cruz do Sul. Amém!
* Texto referente a mensagem bíblica de proclamação de paz para a nossa cidade, proferida por ocasião do evento “Diga não a violência”, promovido pela Igreja Assembleia de Deus, no dia 03/03/2013, no Parque Municipal da Santa Cruz, sob a liderança do diácono Vanderlei Pires, 2º vice-presidente da Associação “22 de Novembro” dos Bombeiros no Estado do Rio Grande do Sul.