O Governo do Estado e os representantes das entidades médicas e hospitalares gaúchas chegaram a um consenso nesta segunda-feira (29) sobre os principais pontos das negociações que envolvem o IPE Saúde. Na quarta-feira (1º), o acordo será apresentado na Assembleia Geral dos prestadores de serviço.
“Houve avanços importantes em todos os pontos discutidos, e reconhecemos a sensibilidade da direção do IPE e do Governo do Estado, compreendendo a realidade em questão”, disse o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Júlio Dornelles de Matos. “Tenho certeza absoluta de que os hospitais entenderão a proposta aqui desenvolvida pelo grupo paritário”, completou.
Pontos acordados
A concordância sobre a questão das glosas (diferenças em notas) entre 2010 e 2014 foi ratificada: os recursos poderão ser feitos a partir de 1° de novembro deste ano.
A migração da atual tabela do IPE para a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) passa a vigorar a partir de dezembro próximo, enquanto a questão da valoração dos medicamentos será debatida por um grupo técnico formado na reunião.
A taxa de 38,23%, que remunera os medicamentos, além do preço de fábrica, será distribuída em 60% para remuneração dos remédios, em forma de taxa de logística, e 40% para remuneração de diárias e taxas com indexação ao reajuste dos medicamentos. A migração também será debatida pelo grupo técnico.
Para o presidente do IPE, Valter Morigi, houve avanços na negociação: “Esperamos pela decisão da assembleia dos prestadores, com o indicativo de que o atendimento ao IPE na rede de Santas Casas será mantido”.
A secretária da Coordenação de Assessoramento Superior do Governador, Mari Perusso, que coordenou a operação de negociação através do centro de governo, também ficou satisfeita com o desfecho: “Com a valorização do diálogo, conseguimos encontrar soluções para que o usuário do IPE Saúde possa ficar tranquilo, no sentido de que todo o esforço está sendo feito para agregar qualidade aos processos e, consequentemente, aos serviços prestados”.