Nosso devido reconhecimento ao Santos Futebol Clube, pela contribuição que tem dado ao futebol brasileiro. Desde a era Pelé, o peixe tem sido um grande celeiro. Na linguagem do futebol, verdadeira fábrica de craques, sempre investindo alto nas categorias de base e o resultado esta aí para quem quiser copiar e se dar bem.
Ano 2002. O Santos dá um grande salto de qualidade. Acredita na base com coragem, “solução caseira” e que deu muito certo. Consegue ser campeão basicamente com jogadores formados na Vila Belmiro, montado pelo treinador Emerson Leão. Os meninos da Vila passam a ser a grande inspiração para os poetas amantes do futebol, no Brasil de Norte a Sul.
A dupla Diego e Robinho, filhos da casa-símbolo do futebol alegre e criativo, e mais outros tantos da mesma safra competente. Jogadores moeda de exportação, como Renato, Elano, Alex, e Leo, mantidos no time principal. O Santos chegou ao vice-campeonato da Libertadores e foi campeão brasileiro. Torcedor mobilizado e feliz traz aumento de faturamento para o clube.
O Santos é o clube brasileiro que mais cresceu nos últimos anos. Seu faturamento com publicidade, através de uma engenharia, pôde manter o seu maior ídolo depois da era Pelé, Neymar. Mas depois de tantas conquistas, veio o assédio dos maiores clubes do mundo e não tinha como segurar o craque da Vila. Neymar fez uma geração de jovens alucinados copiarem o seu estilo de cabelo e se vestirem e usar todos os produtos anunciados por ele. O menino de ouro vai para o Barcelona realizar o seu sonho. Enquanto isso, o clube santista, além das conquistas e do aumento de seus torcedores – que é seu maior patrimônio -, embolsa grandes fortunas com seus craques todos formados na base. Isto mostra que minha tese sobre futebol está certa: ou valorizamos a base ou seremos obrigados a pagar salários, que inviabilizam os clubes de futebol, no Brasil.
“A crônica esportiva está para a crônica, assim como o espírito esportivo está para o espírito. (…) Somos a pátria de chuteiras, sim”. (Nelson Rodrigues)
EXPRESSÕES LATINAS: Intuitu familiae – “locação de imóvel no qual o inquilino habita com seus parentes. Se ele vier a falecer ou deixar o imóvel por motivos consideráveis, como transferência de local de trabalho ou casamento, a locação prosseguirá com seus parentes, pois já sabido, desde o início da locação que aqueles também morariam no imóvel”. (L.8.245, de 18.10.1991: arts.11 e 12)