Lucca Herzog – [email protected]
As oficinas gratuitas do Sine continuam a ser oferecidas. Além das instruções sobre a concepção de currículos e o comportamento em entrevistas de empregos, agora também são abarcadas informações sobre a Carteira de Trabalho digital. Ocorrendo há semanas, a iniciativa atraiu a atenção da comunidade, principalmente das escolas. Para o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, as oficinas vêm “proporcionando aos nossos jovens estudantes do Ensino Médio uma oportunidade, uma ação social, de como fazer um currículo, de como falar em público; na realidade, uma qualificação, levando o nosso jovem a interagir melhor com as questões do mundo do trabalho”.
Em função disso, a 6ª CRE resolveu aderir ao movimento. Para o coordenador, tal parceria “é de grande importância, porque a escola é um espaço de realizar parcerias. Hoje, o conhecimento, essa construção de conhecimento, não é um compromisso somente da escola. A escola abre suas portas para outros parceiros levarem esses aprendizados, seja da área da saúde, do comércio, de qual for a área, levar todo esse conhecimento, todo esse aprendizado para os nossos estudantes”.
Na oficina da quinta-feira passada, dia 13, foi a vez da participação da Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário, especializada na educação de pessoas surdas. O encontro, portanto, contou com intérprete de Libras. Para Solange Finger, coordenadora do Sine, a ação oportunizou a introdução de pessoas com deficiência no mundo do trabalho, reiterando que todos têm seu lugar no mercado. “Dentro desse processo, desse programa”, ilustrou Luiz Ricardo, “tem um braço de inclusão social. Hoje então nós temos aqui um grande público, são alunos não ouvintes, que também têm o direito de estar no mundo do trabalho”. Nesse sentido, Solange salientou que o Sine também planeja promover evento na Câmara de Vereadores, visando principalmente à conscientização das empresas sobre a empregabilidade de pessoas com deficiência.
Outro movimento para expandir a ideia é estender o projeto para a região. Vanderlei Friedrich, coordenador Regional do FGTAS, adiantou que, por meio da parceria com a CRE, pretendem levar a ideia para outros lugares: “vamos trabalhar também nos municípios que não tem a agência e levar o Sine nas escolas”. O Coordenador da 6ª CRE, complementando sobre o assunto, finalizou: “isso é muito importante. Santa Cruz é rica, é um polo, é a sede, mas nós temos outros municípios, dos 18 de abrangência da 6ª CRE, que não têm posto do Sine. Hoje é a escola vem ao Sine, mas a ideia também é que o Sine vá até a escola, levando todas essas orientações, de todas as nossas possibilidades. Pode parecer muito simples a carteira do trabalho, um currículo, essa postura de falar em público, numa entrevista, mas acho que são pontos básicos e fundamentais para o mundo do trabalho. É de grande valia, e às vezes sabemos que, no interior, as escolas mais distantes são desprovidas desses serviços de apoio”.