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Assembleia de Deus: O Plano perfeito

Certa vez ouvi de um casal que palestravam juntos que é necessário que nos reconheçamos como pessoas amadas para então poder amarmos outros seres humanos. Segundo eles, o primeiro amor que eu preciso receber é o materno, logo ao nascer; depois, preciso entender que sou amada por Deus; depois, ao contrair um casamento, uma relação amorosa, me sentir amada por tal; e então, a partir destes relacionamentos, vou formando uma identidade de amado (a), e assim, aprender e poder oferecer amor. A Bíblia diz que “Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira que deu seu Filho unigênito; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Por isso a Bíblia registra que “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro” (1 João 4.19); desta forma, estamos aptos para ofertar o amor também (1 João 4.21). Talvez alguém possa pensar que está dispensado de amar alguém pois não recebeu amor materno ou paterno, quem sabe; até mesmo no seu relacionamento conjugal pode não se sentir amado (a) e por isso, tenta justificar com isto o fato de não amar mais o seu cônjuge, os filhos ou outras pessoas. Mas quando olhamos para a manifestação do amor de Deus revelada em Jesus Cristo e de como Ele provou este sentimento ao mundo, ninguém se exime da responsabilidade de amar o próximo. Todos nós fomos e continuamos sendo alvos do grande, verdadeiro, inexplicável e infinito amor de Deus. Conheço várias pessoas que sofreram verdadeiras crueldades na sua infância. Foram rejeitadas, violentadas, torturadas e tiveram seus sentimentos dilacerados pela maldade e pecado alheio. Sentiam-se incapazes de amar qualquer outro ser humano, inclusive a si mesmos. Mas quando conheceram o sublime amor de Deus, foram curados de dentro para fora, de trás para frente, de cima para baixo. Puderam, finalmente, amar. Puderam ser pais, mães, cônjuges e filhos amorosos, apesar dos traumas e feridas outrora abertas. Pessoas que aprenderam a amar com àquele que é o professor por excelência: Jesus Cristo. Se você ainda não sentiu a magnitude e profundidade do amor de Deus em sua vida, saiba que você ainda não está pleno em sua capacidade de ofertar amor. “Deus é amor”. (1 João 4.16). Ninguém dá o que não tem, mas Ele tem de sobra para te dar. (Paloma Goulart da Silva).

Todos os sábados, 13h30, pela Rádio Santa Cruz AM 550 – Programa “A Voz da Assembleia de Deus”.

Alimentos: estão sendo arrecadados alimentos para doação às famílias necessitadas do município. Quem puder ajudar basta levar sua doação na Rua Princesa Isabel, 24, Senai. Informações pelo telefone (51) 3711-1718.

IECLB: Somos agentes da esperança?

A esperança cristã é o esperar do que está prometido. É certeza! Esta certeza está na palavra do Deus que se revela nas Sagradas Escrituras. A Palavra de Deus é o endereço certo para podermos encontrar a verdadeira esperança. A esperança cristã está baseada naquilo que Deus já fez definitivamente em Jesus Cristo e naquilo que Ele ainda fará. E esse esperar deve ser ativo.

Na vida passamos por alegrias e sofrimentos, são experiências que fazem parte da vida de toda pessoa. E como não se deixar abalar diante das situações de crise e sofrimento que marcam nosso cotidiano? Como olhar para o futuro com esperança, enquanto o medo e a incerteza nos atacam? Como pensar adiante no testemunho do Evangelho, na vida e futuro de nossas comunidades em um cenário tão desanimador como o que vivemos em nossos dias?

Quem crê em Jesus Cristo é chamado/a à proclamação da esperança ao seu próximo e viver de maneira esperançosa no seu dia-a-dia. A base da esperança cristã está na autoridade de Jesus Cristo sobre céu e terra, autoridade que foi dada pelo próprio Pai e que é o motivo pelo qual a Igreja segue adiante fazendo discípulos: “Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo que tenho ordenado a vocês” (Mateus 28. 18-20).

Nós, cristãos, temos a tarefa de sermos agentes da esperança. E é na comunhão com Deus e na comunhão com os irmãos e irmãs na fé que nossa esperança se mantém firme. É necessária essa motivação porque o sofrimento tem o potencial de causar desesperança. Pessoas, famílias e comunidades muitas vezes rendem-se diante dos sofrimentos, entregam-se ao desânimo. Só quem vive a esperança em Jesus Cristo pode ser agente dessa esperança. A esperança em Jesus Cristo quer nos ajudar a viver a vida em paz e amparados/as por Deus, a nos colocar ao lado de outras pessoas que sofrem, para que elas conheçam a razão de termos esperança. Que cada um e cada uma de nós possamos ser agentes da esperança. Que Deus nos abençoe! Amém. Ministra Candidata Gilciene Wuthi Precílius.

Avisos:

  • Comunidade Centro: Culto online, ao vivo, no domingo – 26/04/2020 às 09h30, no facebook do pastor Márcio Arthur Trentini e mensagens para ler e ouvir em www.ieclbscruzcentro.com.br;
  • Paróquia Santa Cruz do Sul: Culto no facebook da pastora Anelise Abentroth.

Catequese em tempos de isolamento:

A coordenação Diocesana de Pastoral, reunida de forma virtual no dia 16 de abril, pautou o assunto “Catequese em tempo de isolamento”. Decidiu-se por orientar as paróquias e catequistas a que, mesmo não podendo reunir os catequizandos em sala física, continuem a manter os contatos com eles. Isso pode ser feito pelas redes sociais, por telefone ou cartinha. Os catequistas devem aproveitar o período para ler a Bíblia (pode ser um dos 4 evangelhos), estudar (pode ser o catecismo da Igreja Católica) e rezar. Também se devem incentivar as famílias a que organizem momentos de oração e reflexão, para os quais podem ser usados os roteiros dos Grupos de Jesus que estão sendo encaminhados para as paróquias.

Um dia depois (17/04), a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, deu algumas orientações para este tempo de isolamento:

– Manter nosso contato pelas redes sociais, para rezar, orientar, cuidar-nos mutuamente;
– Determinar um horário em comum, no qual todos ao mesmo tempo, mesmo não estando juntos fisicamente, façam a mesma oração, com as mesmas intenções.
– Pedir que cada catequizando tenha em sua casa o seu cantinho de oração, onde se reunirá com os outros no dia e hora combinados para rezar. O cantinho de oração ajuda a entrar em clima de oração, podendo acender uma vela, colocar uma imagem, o livro da catequese, qualquer outro sinal, como a bíblia, para aquele que tem a possibilidade.
– Enviar pequenas orações, ou Pai Nosso e Ave Maria, trechos bíblicos, vídeos se tiver.
– Orientar os catequizandos para pequenas tarefas, seja com ações ou enviando feedback para o catequista.
– A oração e a catequese, quando possível, pode ser ainda mais enriquecida envolvendo todos os membros da família, pois nestes tempos difíceis a Igreja orienta para que a Igreja Doméstica permaneça unida.

“Devemos permanecer unidos na fé e na fraternidade, como faziam os primeiros cristãos quando, por algum motivo, não podiam estar reunidos fisicamente. Jesus nos pede que sempre devemos cuidar uns dos outros no seu amor. Vamos nos fazer próximos daqueles que o Senhor nos confia, no anúncio de sua Palavra e no amor fraterno” (www.cnbb.org.br).

CAMPANHAS PELA VIDA

Registramos, com alegria, notícias de paróquias que estão seriamente empenhadas no combate ao avanço da pandemia do coronavírus e na mitigação dos efeitos negativos do isolamento sobre a população. A orientação da Diocese é que, em cada cidade, as paróquias busquem se unir às entidades que estão trabalhando para ajudar, principalmente, a população mais pobre. “Que ninguém precise passar fome ou fique sem atendimento por causa da nossa omissão”. O setor de Assistência Social da Mitra se dispõe a ajudar as paróquias, na medida em que isto for solicitado. Em Santa Cruz do Sul, com os projetos alternativos, além de coleta e distribuição de alimentos, também estão sendo fabricadas 10 mil máscaras para os hospitais e casas geriátricas da região.

FÉ VIRTUAL

Na homilia da missa do dia 17 de abril, o Papa Francisco fez um alerta para o perigo da fé virtual. Comentando o evangelho de Jo 21,1-14, onde Jesus se manifesta aos apóstolos na beira do mar de Tiberíades, disse que tudo foi feito “com naturalidade, porque os discípulos tinham crescido na familiaridade com Jesus. Nós, cristãos, devemos crescer nesta familiaridade, que sempre é comunitária. Sim, é íntima, é pessoal, mas em comunidade”.

“Uma familiaridade sem comunidade, uma familiaridade sem o pão, uma familiaridade sem a Igreja, sem o povo, sem os sacramentos, é perigosa. Pode tornar-se uma familiaridade – digamos – gnóstica, uma familiaridade somente para mim, separada do povo de Deus”.

“Digo isso porque alguém me fez refletir sobre o perigo deste momento que estamos vivendo, essa pandemia que fez que todos nos comunicássemos, também religiosamente, através da mídia. Nesta missa, por exemplo, estamos todos comunicados, mas não juntos. O povo, aqui, é pequeno. Há um grande povo nos acompanhando pela mídia, mas não estamos juntos. Também o Sacramento: hoje vocês, que estão aqui terão a Eucaristia, mas as pessoas que estão em conexão conosco terão somente a Comunhão espiritual. E esta não é a Igreja. Esta é a Igreja de uma situação difícil, que o Senhor a permite, mas o ideal da Igreja é sempre com o povo e com os Sacramentos. Sempre”.

ABORTO

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Nota Oficial dirigida aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstra a preocupação de se pautar para o dia 24 de abril, quando todas as atenções estão voltadas para a pandemia da Covid-19, em sessão virtual, o tratamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que pede a descriminalização do aborto caso a gestante tenha sido infectada pelo zika vírus. Diz a nota:

“Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto”.

“A entidade espera e conta que a Suprema Corte, pautada no respeito à inviolabilidade da vida, no horizonte da fidelidade moral e profissional jurídica, finalize esta inquietante pauta, fazendo valer a vida como dom e compromisso, na negação e criminalização do aborto, contribuindo ainda mais decisivamente nesta reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça, do respeito incondicional à dignidade humana e na reorganização da vivência na Casa Comum, segundos os princípios e parâmetros da solidariedade” (Fonte: www.cnbb.org.br).

JMJ e Encontro mundial de famílias são adiados

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 20 de abril, a Sala de Imprensa da Santa Sé explica que “devido à atual situação sanitária e às suas consequências sobre a deslocação e agregação de jovens e famílias, o Santo Padre, junto com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, decidiu adiar por um ano o próximo Encontro Mundial das Famílias, previsto para se realizar em Roma, em junho de 2021, e a próxima Jornada Mundial da Juventude, prevista para Lisboa, em agosto de 2022. Portanto, o Encontro Mundial das Famílias em Roma irá se realizar em junho de 2022, e a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, em agosto de 2023. (www.cnbb.org.br).

Medo e alegria na ressurreição

Caros diocesanos. Continuamos a viver a Páscoa, mistério central de nossa vida cristã. A palavra Páscoa significa passagem: passagem da morte de Jesus para a vida nova da ressurreição. Segundo São Paulo, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé e continuamos em nosso pecado (cf 1Cor 15, 17). A fé na ressurreição, portanto, é decisiva na vida dos seguidores de Jesus Cristo. Os discípulos tiveram que passar por um longo processo de amadurecimento na fé da ressurreição. Para tal, é importante analisar a figura de Tomé, um dos doze: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no seu lado, não acreditarei” (Jo 20, 25). Só mais adiante surge o ato de fé: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28). O evangelista São João relata com três verbos – entrar, ver, crer – esse processo de crescimento na fé, ao narrar sua ida, junto com Pedro, à sepultura do Senhor: “O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, também entrou, viu e acreditou” (Jo 20, 8). Sim, o Apóstolo que Jesus amava também entrou no verdadeiro mistério da morte e ressurreição (Páscoa), contemplou-o em sua profundidade e chegou à graça da atitude da fé. Antes, “eles ainda não tinham compreendido a Escritura segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20, 9). Esse amadurecimento na fé repete-se na história com os apóstolos de todos os tempos. O processo de conversão é lento e exige perseverança. Agora chegou nossa vez de fazermos a experiência pascal em nossa vida, em nosso tempo, com ou sem ameaça do coronavírus, para sermos também suas testemunhas (Lc 24, 48; Jo 20, 18).

O evangelho da Vigília pascal (cf. Mt 28, 1-10), como igualmente outros textos que narram a ressurreição de Jesus, revelam um misto de temor e de alegria nos diversos personagens que vivem os acontecimentos pascais. As cenas da ressurreição eram bonitas demais para quem vivera a tristeza e a frustração da morte daquele que causara tanta esperança; poderia ser um sonho, uma ilusão: “É um temor misturado com alegria: a alegria de ver Jesus ainda vivo, aliás, transfigurado na sua vida nova, mas também o medo de que seja tudo uma ilusão” (Castellucci E., Com Temor e Grande Alegria, in O Pão Nosso de Cada Dia, abril de 2020, p. 64).

Esta é também a grande aposta da fé cristã: crer no Ressuscitado não é uma ilusão, mas a garantia da vitória da vida sobre a morte, do perdão sobre o pecado, da luz sobre as trevas. A fé no Ressuscitado supera a triste e trágica conclusão sobre o sem-sentido da vida, como do filósofo Jean Paul Sartre, após a 2ª Guerra Mundial: “A vida é uma paixão inútil”. Em tempos de coronavírus, novos ateus podem despontar com frases semelhantes.

No evangelho, a alegria prevalece sobre o temor, mesmo que a fé no Ressuscitado não cancele totalmente os medos e os sofrimentos em nossa vida, mas impede que fiquemos esmagados por eles. Seja esta também a nossa força, neste momento histórico que vivemos, em que a fé não deixa que sejamos derrotados. Se Cristo ressuscitou, então não existe nenhuma morte ou outra situação difícil que não possa tornar-se ponte para a vida eterna. Não encontramos apenas sinais de vida nas alegrias, no bem-estar e quando tudo vai bem, mas também os percebemos nos medos e nas fadigas, no sofrimento e nas ameaças à saúde. A Ressurreição lançou um raio de luz também sobres as trevas mais densas da vida humana. Assim como às mulheres de Jerusalém e aos apóstolos nos é dada a boa notícia: “Não tenhais medo, Ele ressuscitou”.

É dentro desse espírito, cheio de esperança e de sentido para todas as situações de nossa vida, que desejamos aos leitores e ouvintes abençoado e feliz tempo pascal.

Dom Aloísio Alberto Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul