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Indústria Gaúcha | Estudo mostra que 47 mil indústrias no RS estão em municípios atingidos pelas enchentes

Cidades em estado de calamidade pública representam mais da metade da atividade e do emprego do setor
Divulgação/Fiergs

Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) sobre o impacto da catástrofe climática mostra que nos municípios afetados – em estado de calamidade pública ou situação de emergência – estão localizadas 47 mil do total de 51 mil empresas do setor. Os resultados foram divulgados no começo desta semana.

“As inundações no Rio Grande do Sul revelaram um impacto econômico significativo e abrangente. Os dados destacam a importância de direcionar recursos de maneira eficiente para as áreas mais necessitadas. Mas é fundamental ressaltar que os efeitos desse desastre natural ainda estão em curso. Só com a continuidade das avaliações e a divulgação de novos dados será possível obter uma compreensão mais completa dos impactos e planejar estratégias de recuperação mais eficazes, assegurando que os esforços de reconstrução atendam às necessidades reais das comunidades atingidas”, enfatizou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.De acordo com o trabalho elaborado

pela Unidade de Estudos Econômicos da entidade, conforme o Decreto Estadual 57.626, de 21 de maio, foram reconhecidos 78 municípios em estado de calamidade e 340 em situação de emergência. Nessas 418 localidades, estão sediadas 47 mil indústrias, que empregam 813 mil pessoas. As regiões com o maior número de municípios afetados foram Vale do Taquari (23), Central (20), Vale dos Sinos (11) e Metropolitana (sete).

O estudo inclui os principais indicadores econômicos – atividade, quantidade de estabelecimentos industriais, arrecadação de ICMS e exportações – dos municípios e regiões atingidos pelas chuvas. Essas variáveis são as informações mais relevantes para a indústria disponíveis que contemplam as localidades afetadas pelo fenômeno meteorológico. O trabalho divide o RS em dez regiões econômicas: Metropolitana, Vale dos Sinos, Serra, Serra Centro, Vale do Taquari, Central, Planalto, Missões, Campanha e Sul.

O cenário de calamidade influenciou no sentimento do industrial gaúcho. Em maio, a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) divulgada pela Fiergs teve a sua maior queda desde novembro de 2022 e atingiu o menor nível de junho de 2020 até o momento: 44,4 pontos, 6,1 a menos que em abril.

As expectativas com relação ao futuro das empresas, que até então sustentavam o otimismo e a confiança da indústria gaúcha, foram as mais impactadas. O Índice de Expectativas das Empresas desabou dez pontos, de 57,7 para 47,7, menor valor desde maio de 2020, voltando ao campo pessimista pela primeira vez desde novembro de 2022.