O número de usuários inadimplentes com o serviço de estacionamento rotativo em Santa Cruz do Sul cresceu 46% de janeiro a novembro de 2021. Os dados fazem parte do acompanhamento mensal feito pelo Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Santa Cruz do Sul (Consepro), órgão gestor do Rapidinho. O período analisado mostra o intervalo entre o dia 1º de janeiro a 10 de novembro de 2021.
Conforme o presidente do Consepro, Guido Fernando Hermes, desde o início do ano, foram emitidas 789.847 advertências. No entanto, até a data da verificação, haviam sido pagas apenas 430.288, situação que revela uma inadimplência de 46% no período. “É como se de cada dez veículos estacionados sem pagar, quase a metade continuasse devendo o estacionamento. Os usuários não acreditam mais na cobrança do Rapidinho. Infelizmente caímos no descrédito”, justifica.
Hermes aponta o impasse, com a situação da concessão do serviço e o desejo da Administração Municipal em licitar a operação do rotativo como argumentos que contribuíram para ampliar a inadimplência, que antes deste período, girava na casa dos 30%. “Outro fator é a falta de fiscalização. Nossas colaboradoras só podem emitir a advertência. Mas para que ela tenha efeito é necessário que o setor de Trânsito do Município fiscalize o estacionamento e também faça a sua parte”, pontua o presidente do Consepro.
Atualmente, o Rapidinho é o serviço de estacionamento rotativo nas 46 quadras da Faixa Azul, no Centro de Santa Cruz do Sul. A operação do serviço é responsável pela manutenção de 50 empregos diretos, na sua grande maioria mulheres, algumas delas, chefes de família, responsáveis pelo sustento de seus lares.