Fotos: Isadora Oliveira
Dentro da ideia de que quem semeia colhe, e que a semente que cai em terra boa gera bons frutos, a Semana do Basquete, realizada no final de fevereiro, já está colhendo resultados. Após um período cheio de ações voltadas à modalidade, como lançamento de livro, torneios, bolas gigantes em praças e cruzamentos, oficina com autistas, e encerrando com o jogo da Seleção Brasileira, a mensagem repercute agora nas novas gerações.
“Achei muito legal a ideia de espalhar bolas nas praças. O basquete é meu esporte favorito, mas percebi que até quem não curte entrou no clima da semana do basquete, porque as pessoas realmente compraram a ideia e foram prestigiar, e isso foi muito bom”, disse Luiza Bencke Machado, de 13 anos, aluna da Escola Municipal Luiz Schroeder, do Bairro Universitário.
Luiza tem razão. Prova disso são suas colegas de escola, que voltaram a praticar a modalidade. Uma delas, Bianca Bohrer, de 13 anos, instalou na garagem de casa uma cesta de basquete. “Sempre gostei de jogar. Fui no jogo da seleção brasileira com meus pais (Carine e Márcio), que também vibraram muito, foi emocionante ver o Yago e o Gui Santos jogar. Santa Cruz ajudou o Brasil a se classificar e agora tenho dois ídolos, Yago e Gui Santos. A memória do jogo contra Estados Unidos vai ficar para sempre na minha lembrança”, disse Bianca.
Do outro lado da cidade, na zona sul, quem também passou a se apaixonar pela modalidade é um garoto de apenas oito anos de idade. Aluno da Escola Harmonia, Carlos Henrique Schütz, que tem transporto do espectro autista (TEA) e é assistido pela Associação Luz Azul, participou de uma oficina da modalidade na Semana do Basquete e surpreendeu sua mãe, Vandreia.
“Nunca vi ele se dando bem com uma coisa como o basquete, ele fez bastante cestas, queria levar a bola para casa, e ele só foi embora porque eu prometi de comprar uma bola pra ele”, relatou a mãe. E a mãe fez mais. Instalou no pátio de casa uma cesta de basquete feita com uma roda de ferro. “Ele acorda de manhã, pede para colocar o óculos de sol pra jogar basquete”, diverte-se a avó, Marilete. Inclusive, durante o jogo da Seleção Brasileira, em que o garoto Carlos pôde prestigiar, um espaço foi reservado para o grupo de autistas e seus familiares, dentro da campanha idealizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esportes, com o apoio do União Corinthians
Diante de toda repercussão que a Semana do Basquete causou, quando o mundo do esporte nacional e internacional voltou seus olhos para Santa Cruz do Sul, o titular da pasta, Everson Bello, avalia os efeitos positivos da mobilização. “Nossa cidade, a terra do basquete, alcançou projeção internacional e reforçou sua identidade. Foram dias intensos onde a modalidade foi vivida por todos os públicos, respeitando seus gostos e preferências. Ficaremos eternamente gratos ao público e à imprensa que tão bem acolheram nossa proposta.”, declarou Bello.
Novidades
A mobilização continua. Nos próximos dias, mais uma quadra de basquete será personalizada no Parque da Oktoberfest, que levará as cores da Alemanha, o Fritz e a bola de basquete ao centro, e com a inscrição Terra do Basquete. “Unir a Oktober e o basquete, coloca juntos dois ícones da nossa cultura, que organicamente nos reconhecem longe dos nossos limites municipais”, afirmou o secretário.
Ingressos gratuitos
Anote na agenda. Segunda-feira, 13, às 19h30, em jogo entre União Corinthians e Rio Claro, o acesso ao Poliesportivo será gratuito. Segundo Bello, a medida é um presente que a KTO, patrocinadora oficial da equipe santa-cruzense, está dando para os torcedores pelo apoio dado na classificação da seleção brasileira para o Mundial.
Para esta partida, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes vai disponibilizar transporte coletivo aos participantes dos projetos Craques da Bola, Maturidade Esportiva e Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do município. A forma como se dará o acesso ao jogo ainda será divulgada.
