As pessoas perguntam, como sempre acontece às vésperas de Gre-Nais, quem vai vencer. Pergunta mais que normal para quem está narrando clássicos há 25 anos.
Este jogo de domingo, não é por “não poder” responder, nem mesmo por “pipocar” como se fala na gíria do futebol. Este Gre-Nal não tem como se dizer antes quem vai vencer.
Não lembro de um clássico em que as duas equipes tenham chegado tão iguais em termos de qualidade. O Inter se ajeitou com o Abel e com as chegadas de Aránguiz, principalmente, e Gilberto. Alex em forma, inclusive para chutar com a velha potência que todos conhecem, também foi um grande acréscimo.
O Grêmio do Enderson Moreira com Dudu e Luan juntos levando a bola em alta velocidade até o Barcos ou até o gol, também melhorou muito um time que tinha a lentidão de Kléber.
Então, quem vai ganhar? Só Deus sabe…
O melhor Gre-Nal
O Gre-Nal de domingo na Arena será certamente um dos melhores dos últimos anos. A qualidade e o momento dos dois times nos dão esta garantia. O Grêmio que o Enderson Moreira montou é um time completamente diferente, veloz, objetivo, audacioso e que vem a cada jogo empolgando a sua torcida.
O Internacional anda num outro ritmo também. Wellington Paulista passou a fazer gols, o que nem mesmo Damião vinha fazendo no ano passado. Enfim, também é outro Internacional.
Nos jogos de quarta-feira, o Grêmio foi favorecido pelo medo do técnico do Brasil, que fez grande campanha no Gauchão com um esquema, com Gustavo Papa fazendo gols jogando dentro da área, até revezando com Nena, também um matador e foi mudar para não arriscar logo num jogo tão importante.
Além disso, fazer um gol contra que abriu o placar e o toque do Luan no segundo gol, foram fatais para o Xavante. No estádio do Vale, o Inter teve a facilidade de jogar contra um Caxias sem vários titulares e, para um time do interior, não contar com jogadores importantes é muito ruim. Beto Campos teve que colocar jogadores que não vinham jogando, improvisar lateral-direito na esquerda, enfim…
O Inter ganhou com facilidade do time da serra e até de forma surpreendente. Agora, em dois clássicos, vamos conhecer o campeão do nosso “charmoso”. Alguém arrisca palpite?