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Hospitais fazem mobilização dia 6

Jéssica Ferreira
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Para chamar a atenção da comunidade sobre a situação crítica que está inserida em relação às dificuldades encontradas pelas Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado, as entidades estarão realizando diversas atividades em 220 municípios do Estado na próxima quarta-feira, 6 de maio. Sendo uma das principais programações para a data a suspensão dos atendimentos eletivos do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Conforme estava sendo já acompanhando em algumas edições do Riovale Jornal, desde outubro de 2014 as 245 instituições de saúde sem fins lucrativos do Rio Grande do Sul deixaram de receber do Governo do Estado mais de R$ 207 milhões. As entidades são responsáveis por mais de 70% do atendimento do SUS, e empregadores de 65 mil funcionários.  Sendo assim, os hospitais filantrópicos escolheram o dia de 6 maio para realizarem o “Dia D”, com diversas atividades nos municípios onde estão inseridos, como entrega de panfletos, divulgação de cartazes pelos hospitais, apresentações da realidade à comunidade e suspensão dos atendimentos eletivos do SUS. 
Em Santa Cruz do Sul, o Hospital Santa Cruz e o Hospital Ana Nery estarão fazendo parte desta movimentação. No dia, todos os funcionários trabalharão com vestes pretas, para simbolizar a manifestação. As agendas do SUS (não urgências) serão todas suspensas no dia. Segundo o secretário municipal da Saúde, Henrique Hermany, a mobilização não é contra o município, e sim sobre as reivindicações para o Estado. “Será um dia de mobilização, estaremos todos juntos, pois a bandeira que eles estão levantando é nossa também”, declara. 
Para o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, as 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, por sua missão, mantiveram o atendimento pleno aos gaúchos, mesmo com o descaso dos entes governamentais. “A partir de agora, caso a saúde não seja tratada com a prioridade que precisa, não haverá outra solução a não ser o fechamento de leitos, diminuição da assistência, demissões e outras formas de adequar as instituições à nova realidade de corte de recursos”, alerta Ferrer.
A mobilização do dia 6 de maio é preparatória para a grande mobilização estadual programada para 13 de maio na frente do Palácio Piratini, em Porto Alegre, com representantes de instituições de todo o Estado. Nesta data será entregue ao governador do Estado do Rio Grande do Sul uma notificação sobre a redução dos serviços prestados tendo em vista a redução orçamentária.