A década de 1990, do meu ponto de vista pessoal, foi um período em que acompanhei muito o futebol, com bastante satisfação. Não por causa de um time em si, mas pelo futebol em um sentido universal. Nesse período ouvia bastante os programas de rádio esportivos, e lembro que no “Apito final”, da Band AM 640, havia espaço para a atualidade, mas também para aspectos históricos do esporte bretão. De vez em quando, grandes times como o Honvéd eram citados. Você já ouviu falar do Honvéd? É um clube da Hungria, País do leste europeu. O time foi destaque principalmente na década de 1950.
Naquela época, o Honvéd ganhou fama pela conquista de títulos nacionais húngaros e por ceder vários jogadores para a Seleção da Hungria, campeã olímpica em 1952 e vice-campeã mundial em 1954. A Seleção da Hungria protagonizou uma partida emblemática em 1953, quando derrotou a Inglaterra por 6 a 3 no Estádio de Wembley, em Londres. Era um jogo amistoso, porém a partida entrou para a história, pois os criadores do futebol, os ingleses, caíram dentro de casa para o time húngaro.
O livro “The Cassel Soccer Companion” (1994), escrito por David Pickering, apresenta o Honvéd da seguinte forma: “Clube húngaro de futebol, aclamado como melhor time do mundo, em matéria de clubes, no início dos anos 1950”. Um dos craques da equipe, naquela extraordinária fase, foi o meia Ferenc Puskas, que jogou também no Real Madrid, tornando-se um dos maiores nomes do clube espanhol em todos os tempos.
A “vingança” inglesa contra o futebol húngaro aconteceu no ano de 1954, em uma partida entre clubes. O Wolverhampton Wanderers, da Inglaterra, bateu o Honvéd por 3 a 2 na cidade de Wolverhampton. Segundo “The Cassel Soccer Companion”, com a vitória sobre o Honvéd, o técnico do Wanderers declarou seu time como “Campeão do Mundo”.
A partida Wolverhampton Wanderers x Honvéd foi um embrião para a fundação da Copa dos Campeões da Europa, hoje conhecida como Liga dos Campeões da Uefa, a famosa Champions League.
