Início Geral Heitor Schuch avalia o ano e faz perspectivas para 2023

Heitor Schuch avalia o ano e faz perspectivas para 2023

Deputado classificou 2021 como um dos anos mais difíceis dos últimos tempos

Foto: Ana Souza
Heitor falou sobre a nova lei da
agricultura de precisão

Reeleito para seguir representando o Vale do Rio Pardo na Câmara em Brasília, o deputado federal Heitor Schuch (PSB) classifica 2022 como um dos anos mais difíceis dos últimos tempos, marcado pela divisão de famílias, destruição de amizades, ameaças à democracia, ataques à imprensa, proliferação das fake news e desrespeito às instituições. Nesse período, a forte polarização só fez aumentar a crise econômica e social instalada no país. O balanço do ano foi divulgado durante encontro com a imprensa na sexta-feira, 16, nas dependências da Casa Gaspar, em Santa Cruz do Sul.


Um final de governo dramático, com corte de recursos da saúde, da educação, suspensão do pagamento de bolsas de estudo, bloqueio de recursos para hospitais, falta de remédios nas farmácias populares, R$ 27,2 bilhões em obras paralisadas, entre outros. Mas o mais grave foi o envio de um orçamento sem previsão de garantia do pagamento dos R$ 600,00 às famílias em dificuldade, descumprindo sua promessa de campanha.


O parlamento precisou ter um papel decisivo na garantia de medidas importantes, como o auxílio emergencial de R$ 600 – e não R$ 200 como era a proposta inicial -, destinação de recursos para os municípios, compra de vacinas, redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, entre outras propostas aprovadas. Entretanto, o parlamento teve uma grande mácula com o chamado orçamento secreto que beneficia parlamentares ligados ao governo.


Por outro lado, conforme Schuch, também foi o ano em que conseguimos, de fato, nos liberar dos efeitos diretos da pandemia, após um período de dois anos em que, para além das milhares de perdas de vidas, no cenário econômico brasileiro os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. Em 2022, o país começou a dar mostras de reaproximação aos patamares anteriores à crise, especialmente com a reabertura de postos de trabalho, porém com reflexos preocupantes em relação ao aumento da inflação. A guerra na Ucrânia também contribuiu para esse cenário, elevando muito os custos de produção, principalmente no setor agropecuário: os agricultores produzem mais e melhor, mas o que sobra é muito pouco.

Outra preocupação é com o dólar bastante valorizado na comparação com o real, o que faz com que o mundo do trabalho fique descapitalizado e acaba freando o consumo, prejudicando comércio e indústrias, ou seja, todo mundo perde.


Para 2023 o deputado reforça o compromisso de trabalho sério em defesa da região. Schuch acredita que as diferenças políticas e a discórdia hoje reinantes possam ser superadas, e que o debate saudável e o diálogo respeitoso ajudem a reunificar o país. Setores público e privado trabalhando em conjunto para ampliar as oportunidades e impulsionar um crescimento econômico, social e ambiental de forma sustentável. Por fim, a educação deve estar na base de tudo.

Incentivo à agricultura de precisão: agora é lei!

Foi sancionada a Lei 14.475/22, de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB/RS), que institui a Política Nacional de Incentivo à Agricultura e Pecuária de Precisão, com o objetivo de ampliar a utilização de técnicas de produção agropecuária no Brasil.


A agropecuária de precisão utiliza tecnologia de ponta, como rastreamento por GPS e sensores colocados no solo, para otimizar o uso de insumos e aumentar a produtividade.


O texto da lei foi publicado no dia 14, no Diário Oficial da União.

Diretrizes

Pela lei, a nova política terá como principais diretrizes o apoio à inovação em todas as etapas de produção; a sustentabilidade ambiental e socioeconômica; o desenvolvimento tecnológico e sua difusão; e a ampliação de rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor agropecuário.


Para garantir a execução da política, a lei prevê assistência técnica e extensão rural, capacitação gerencial e a formação de mão de obra qualificada no campo e acesso a linhas de crédito para equipamentos.


Na formulação e execução da política, os órgãos competentes deverão, entre outros pontos, estabelecer parcerias com entidades públicas e privadas, considerar as reivindicações dos produtores rurais e fomentar pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.


Para Heitor Schuch, deputado federal a agricultura é uma coisa muito grande e dinâmica, e cada vez mais a tecnologia vem se intensificando. “Uma vez o agricultor fazia análise do solo, para saber quanto de adubo, calcário ele colocava por hectare. Hoje nós já temos mecanismos, que soubemos o quanto precisa e conseguimos fazer a leitura na mesma área, pois tem lugares que você vai colocar menos insumos do que na outra. Produtividade conectada com o custo de produção”, destacou.


A precisão faz com que tenha acoplado nas maquinas, nos tratores, sistemas de GPS, startups e outros que façam essa leitura e não façam distribuição igual para toda área. “Colocando mais onde precisa mais e colocando menos, onde já não precisa tanto adubo químico, porque a terra é melhor e tem maior matéria orgânica”, disse Schuch.


O projeto de precisão, que agora é lei, sancionado pelo presidente, vai nessa lógica. “Agora nós estamos indo atrás de empresas que produzem tratores, colheitadeiras e outras ferramentas que serão utilizadas na agricultura para que possam então fazer as adaptações do maquinário, colocando os equipamentos, para que os agricultores que possuem áreas menores, e que estavam longe desta tecnologia possam também lá nos seus 5, 8,15,20, ou 30 hectares possam ter essa mesma oportunidade”, informou.


Ele ainda fala que podem ser realizados financiamentos no Programa Nacional do Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e no Financiamento para custeio e investimentos dos médios produtores rurais em atividades agropecuárias (Pronamp). O agricultor que gostou da tecnologia que viu na ExpoAgro Afubra, no entanto não tem o dinheiro para comprar tenha essa oportunidade, pois o banco estará fazendo esse aporte, para ter mais produção, maior produtividade, menor custo e uma rentabilidade maior e assim pagar esses equipamentos.