Reeleito para o segundo mandato como federal, ficando entre os dez primeiros colocados do Rio Grande do Sul, com uma votação de 109.053 votos, dos quais 44.664 somente no Vale do Rio Pardo, o deputado Heitor Schuch encerra o ano reforçando o compromisso com toda a região. Apoio aos municípios para melhorias em saúde, segurança e infraestrutura, além da agricultura, seguem sendo as prioridades do mandato.
Dentro dessa perspectiva, duas questões urgentes vão concentrar os esforços até o final do ano. Primeiro, modificar o Orçamento da União para 2019, reavendo pelo menos em parte os recursos para as áreas essenciais, como saúde, educação e agricultura, que pelo projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso terão apenas 3,98%, 3,74%, 0,34% do bolo orçamentário, respectivamente, enquanto que o pagamento da dívida pública federal, somado aos encargos da União, receberá 45,28% da verba total. “É preciso auditar essa dívida e inverter essa lógica de distribuição dos recursos. A população, especialmente a mais carente, está sendo penalizada, enquanto o setor financeiro, como sempre, vai bem, obrigado”, destaca Schuch.
A segunda questão imediata é derrubar o veto à Medida Provisória 842, que permite desconto de até 60% para os agricultores adimplentes liquidarem a dívida Pronaf. “Outra grande injustiça, já que os grandes devedores ganharam o Refis Rural”, argumenta.
Para o próximo ano, o deputado aponta alguns desafios, como a retomada com força total da mobilização em torno da duplicação da RS-287, em parceria com entidades, organizações, prefeituras e lideranças políticas, em um grande esforço conjunto. A preocupação com a continuidade da atividade fumageira no país também é crescente, ameaçada por um grande número de normativas antitabagistas e o aumento do contrabando de cigarros. “Não podemos permitir a aprovação do Projeto de Lei 769/2015, do senador José Serra, que altera as regras de publicidade e produção de cigarros no Brasil”, alerta Schuch, citando um dentre tantas propostas na mesma linha de tramitação.
Nesse sentido, a renovação de 56% na Câmara e de 87% no Senado, imposta pelo resultado das urnas, em outubro, também é um desafio. Quem são esses novos congressistas? De onde vêm? Quem representam? Será que possuem conhecimento sobre questões tão caras para não, como setor primário, tabaco, acordo Mercosul, importação de leite e trigo, entre outros? “Certamente nós da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar teremos muito trabalho pela frente para mostrar aos colegas a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos e a sustentabilidade da economia dos pequenos municípios”.
Ainda na política, Schuch avalia que o cenário até então é nebuloso e de incertezas. O certo por enquanto é de que o novo presidente deverá centrar seu governo na segurança pública e nos preceitos liberais para a economia, seguindo o modelo norte-americano. Nas relações políticas, no entanto, poderá ter problemas, já que para aprovar mudanças precisa de apoio do Congresso e, para isso, terá que construir uma base. “Vamos fazer a nossa parte, de forma coerente, como sempre conduzimos nosso mandato, criticando o que for errado e ajudando e aprovar todas as medidas que atendem os anseios da maioria da população e possam contribuir para melhorar a vida das pessoas”, garante Schuch.