Luciana Mandler
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Diante da indefinição do retorno das aulas presenciais, pais, funcionários e proprietários de escolas particulares, bem como proprietários de vans de transporte escolar realizaram às 18h, dessa segunda-feira, 26, uma manifestação em frente ao Fórum de Santa Cruz. O ato ocorreu no mesmo horário em que se iniciou o julgamento do recurso do Estado contra a decisão que suspendeu liminarmente as aulas presenciais no Rio Grande do Sul.
O grupo, durante o protesto, mostrou cartazes com dizeres como “lugar de criança é na escola”, “Somos um lugar seguro”, “escola é fundamental e também é saúde”, dentre outros, além de levarem balões e usarem narizes de palhaços.
De acordo com Veridiane Pick, que participou da manifestação, o ato foi organizado em várias cidades do Estado, onde foi feito um buzinaço em frente aos fóruns de cada cidade. “Nossa reivindicação é em prol de educação e tudo que ela inclui: professores, escolas, alunos, família e sociedade”, destaca. “É lamentável as perdas que as crianças estão sofrendo com essa insegurança de ‘abre-e-fecha’”, completa.
Veridiane salienta que a importância do convívio em ambiente escolar vai muito além do cognitivo. “Sabemos que, além de indispensáveis e essenciais, as escolas são locais seguros e seguem os protocolos de segurança sanitária”, sublinha. “É frustrante ter que lutar pelo direito à educação que deveria ser assegurado pelo Estado”, acrescenta. “A educação deve ser tratada como prioridade, estando entre as últimas atividades a fechar e as primeiras a reabrir no contexto da pandemia”, conclui.
Durante a noite de ontem, Justiça manteve a proibição de aulas presenciais no Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira, 27, o governador Eduardo Leite anunciou que novo decreto será publicado, fazendo com que todo o Estado fique em bandeira vermelha.