Sara Rohde
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Nesta quarta-feira, 15 de maio, foi realizada em Santa Cruz do Sul, a 9ª edição do Grito de Alerta, mobilização organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag RS). O ato iniciou em frente ao Parque da Oktoberfest, contou com aproximadamente 12 mil pessoas, segundo organizadores, e foi marcado por passeata, falas e dizeres a favor dos direitos dos trabalhadores e contra as medidas tomadas pelo governo Bolsonaro, entre elas a Reforma da Previdência.
Segundo o secretário geral da Fetag RS, Pedrinho Signori, o objetivo principal da mobilização é dizer ao governo que a agricultura familiar, juntamente dos sindicatos filiados à Fetag, não aceitam perder nenhum direito, “a reforma da previdência que está por ser feita não pode tirar o direito do trabalhador, seja ele rural ou urbano”, disse.
Segundo Pedrinho, “precisa ter reforma, mas, para tirar os privilégios de todo o país, dos políticos, do judiciário, dos militares, mas não do trabalhador e esse é o grande foco do ato, além de lutar contra a falta de recursos, pois atualmente estamos sem crédito rural no país. Tem um plano safra que está por vir e a gente não sabe como vem, a habitação rural parou, o acesso à terra parou. Então estamos aqui para dizer que precisamos continuar produzindo e o governo não pode tirar as políticas públicas que a gente conquistou ao longo do tempo”.
A mobilização contou com a participação de toda federação e sua diretoria, autoridades e os mais de 320 sindicatos que compõem à Fetag RS. Também participaram o 18º Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), e Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro), Sindicato dos Comerciários, a União dos Estudantes Santa-Cruzenses (Uesc), o Movimento Mulheres em Luta (MML) e a CSP/Conlutas.