Em transmissão ao vivo nesta quarta-feira, 14, o governador Eduardo Leite anunciou a retirada dos sete Alertas remanescentes no Sistema 3As de Monitoramento. As regiões que permaneciam com Alertas eram Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Santa Rosa e Uruguaiana. A retirada dos Alertas se dá na esteira do avanço da vacinação no Estado – 50% da população residente do RS já está vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 – e da melhora dos indicadores nas regiões Covid do Estado.
“A pandemia nos ensinou que precisamos enfrentá-la por fases, cada momento nos desafia de maneira diferente. Estamos avançando rapidamente na vacinação, o RS tem sido sempre um dos líderes. Estamos em primeiro lugar na primeira dose e em segundo na segunda dose. E já atingimos mais de 50% da população residente vacinada e mais de 64% da população adulta vacinada com a primeira dose. São dados importantes que nos ajudam a ter mais segurança no enfrentamento da pandemia, e que confirmam o acerto da vacinação como estratégia a partir do que se vê da redução de casos, de internações e de óbitos”, destacou o governador.
No entanto, tendo em vista o risco da entrada da variante delta, de altíssima transmissibilidade, no Estado, a desaceleração da redução de pacientes diagnosticados com a doença em leitos clínicos e também o aumento do percentual de pessoas no Estado que relatam sintomas de Covid-19 por meio do Facebook, o GT Saúde entende que pode haver uma reversão do quadro de estabilidade nos próximos dias. Por isso, emitiu Avisos para todas as 21 regiões Covid, no sentido de que os cuidados e a vigilância sejam mantidos em todo o Estado. Todos os ofícios enviados às regiões estão disponíveis no site do Sistema 3As de Monitoramento.
“Estamos retirando os Alertas, mas isso não significa que devemos afrouxar os cuidados com relação à pandemia. Precisamos manter os cuidados de distanciamento, de higiene em todos os ambientes, até que tenhamos uma situação de imunização mais robusta para a população, e mais tranquilidade em relação à proteção de todos com as vacinas que temos perante as variantes que aí surgem. Fica o meu recado à população gaúcha: se cuidem e cuidem de todos à sua volta”, reiterou Leite.
A Secretaria da Saúde (SES) ainda aguarda a conclusão da análise de amostras de dois prováveis casos da variante delta do coronavírus (B.1.1.617.2 – de origem na Índia) identificados no RS, enviadas à Fiocruz na segunda-feira, 12. Os possíveis casos foram registrados nos municípios de Gramado e Santana do Livramento. É a primeira vez que casos suspeitos dessa linhagem do vírus são identificados no Estado. Além desses, três possíveis casos da variante alfa (B.1.1.7 – origem no Reino Unido) foram identificados e estão em investigação para confirmação.
“É o momento de destacarmos o quanto o Sistema 3As de Monitoramento traz resultados quando se faz gestão responsável, compartilhada e parceira com as regiões de saúde. A retirada dos Alertas se deu devido ao esforço de muitas pessoas, que trabalharam para elaborar planos de Ação adequados à situação da pandemia de cada região. É o resultado concreto do envolvimento das equipes técnicas, dos prefeitos e da população. Não basta termos vontade de fazer, temos de contar com a colaboração da comunidade. No entanto, com a variante delta à espreita, temos de nos manter vigilantes e, por isso, é importante que as regiões estejam cientes desse risco”, destacou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
O diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Pedro Zuanazzi, também citou, como justificativa para emitir os 21 Avisos, o aumento de sintomas reportados por pessoas no Facebook, além da desaceleração de redução de confirmados em leitos clínicos e a iminente chegada da variante delta ao Estado. “É uma variante com transmissibilidade muito maior do que as outras, e pode ser algo que pode vir a aumentar muito rapidamente o número de casos. Por isso, emitimos 21 Avisos às regiões para que não percamos a vigilância constante que ainda se faz necessária por parte de prefeitos, população e governo do Estado”, explicou.