LUANA CIECELSKI
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O governador José Ivo Sartori e o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, anunciaram na manhã desta segunda-feira, dia 20 de fevereiro, que R$ 200 milhões estão prontos para serem repassados aos hospitais do Estado. Recentemente, Gabbardo convocou diretores de diversas instituições de saúde a fim de propor um financiamento que seria feito no nome dos hospitais, mas pago pelo governo. Como as instituições de saúde concordaram com a proposta, o valor foi declarado como disponível nessa segunda-feira.
O financiamento será feito pelo Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados sem Fins Lucrativos (Funafir) do Banrisul e visa o pagamento dos incentivos estaduais que estavam pendentes desde 2016, totalizando R$ 276 milhões em dívidas. Esse valor começou a ser pago em janeiro de 2017, quando o Estado fez um repasse de R$ 76 milhões a 167 hospitais que prestam atendimento pelo SUS. Os 49 hospitais restantes – aqueles que tinham dívidas acima de R$ 800 mil – estão sendo contemplados agora.
O financiamento que for feito no nome dos hospitais será pago pelo governo em 18 parcelas até novembro de 2018. Como foi dito em reportagem publicada na edição do ‘Riovale Jornal’ de 2 de fevereiro, os hospitais Santa Cruz e Ana Nery, vão aderir ao empréstimo. Apenas o Ana Nery deve receber em torno de R$ 2 milhões que serão utilizados principalmente para o pagamento de empréstimos feitos para o pagamento de 13º salário no fim de 2016. O mesmo acontece com o HSC, que deve receber um valor semelhante para “pagar pendências” do período em que o governo não efetuou o repasse.
Para garantir os recursos, cada instituição deve apresentar a documentação necessária em agências bancárias do Banrisul para aderir ao financiamento. Em 48 horas, o montante é liberado mediante avaliação. Segundo o banco, já na sexta-feira passada, metade dos 49 hospitais havia garantido o dinheiro.
O presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Estado, André Emílio Lagemann, agradeceu o esforço das secretarias da Saúde e da Fazenda para regularizar as pendências. “A crise, que também nos atinge, exige malabarismos. Estamos fazendo os ajustes possíveis e olhamos para frente para construir alternativas conjuntamente”, disse. (Com informações: Governo do Estado do Rio Grande do Sul)