O anúncio foi feito no início da tarde da segunda-feira, 28. Ainda nessa semana vice Ranolfo assumirá o cargo.
Depois de semanas de dúvidas a respeito do futuro político do governador Eduardo Leite (PSDB), ele anunciou em coletiva nesta segunda-feira, 28, que vai deixar o cargo de governador do Rio Grande do Sul.
Disse em um vídeo apresentado antes do anúncio oficial, que vai renunciar ao poder para não renunciar à política. Afirmou que seguirá filiado ao PSDB, já que estava pensando na possibilidade de mudar para o PSD.
Este movimento permite que Leite possa concorrer a outros cargos nas próximas eleições, inclusive a presidente da República, caso João Dória (PSDB) decida se retirar da corrida presidencial, tendo em vista que ainda sua candidatura não decolou.
Com a renúncia, o comando do governo gaúcho será do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Ranolfo acumula a função de secretário de Segurança Pública, e é o pré-candidato do partido a governador. O ato de renúncia, com a troca de mandatário, será efetivado nos próximos dias.
Leite afirmou que está dando sua contribuição para que “se consiga viabilizar um entendimento e apresentar uma alternativa aos brasileiros para que se possa, a partir de 2023, executar as reformas necessárias.” Garantiu que vai trabalhar pela união do centro democrático. “Não contem comigo para dispersar candidaturas. Não é sobre um projeto pessoal, é sobre o Brasil”, disse.
Sobre seu futuro político, o governador Eduardo Leite, disse que a renúncia ao mandato, atendendo a legislação eleitoral, abre várias possibilidades. Se ficasse no cargo poderia concorrer apenas à reeleição. “Respeito às prévias, elas aconteceram e são legítimas. Mas não é sobre as prévias, não é pessoal”, afirmou.
Desde Pedro Simon (MDB), em 1990, Leite é o primeiro governador a renunciar meses para o final do mandato. Simon, na oportunidade, renunciou para concorrer ao Senado.