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Golpe do bilhete premiado: como evitar?

Um dos golpes mais manjados do Brasil continua fazendo vítimas aqui em Chapecó: o conto do bilhete premiado. Semana passada, uma senhora de 65 anos, que mora na zona rural do município, sacou R$ 10 mil em uma agência bancária e entregou nas mãos dos golpistas que fugiram com as únicas economias que ela havia guardado durante anos.
O roteiro do golpe do bilhete premiado é clássico: O vigarista – geralmente vestido com roupas simples –, com cara de bons amigos, aborda a vítima na rua – na maioria das vezes uma pessoa idosa e desacompanhada – e pede uma quantia em dinheiro em troca de um bilhete de loteria premiado. De repente, no meio da conversa, aparece alguém bem vestido e bom de papo (também golpista) e confirma os números sorteados.
Bem, o resto você já sabe: empolgada, achando que fará o negócio da sua vida, a pessoa vai até o banco e saca na boca do caixa uma boa quantia em dinheiro e entrega à quadrilha. E depois descobre que o bilhete não vale nada. Mas aí já é tarde demais!
Ansiedade, ingenuidade, falta de senso crítico e ganância são os principais motivos que fazem uma pessoa cair no golpe do bilhete premiado, segundo especialistas.
Enquanto finalizo esse artigo aqui na cidade de Cascavel (PR), onde irei palestrar na Associação Comercial e Industrial (Acic), ouço numa rádio local que uma idosa de 70 anos acaba de sacar R$ 9 mil numa agência aqui da cidade e entregar aos estelionatários em troca de um bilhete de loteria. Como se pode ver, a fraude acontece em todo lugar. E muitos não registram o golpe por se sentirem envergonhados?
Mas o que pode ser feito para evitar (ou pelo menos dificultar) a ação dos vigaristas? Minha sugestão é que algum político (municipal, estadual ou federal) se sensibilize com a situação e proponha uma lei que obrigue a pessoa idosa, ao fazer uma retirada de valor elevado, justificar o motivo do saque. Isso impedirá que o caixa libere uma volumosa quantia em dinheiro para uma pessoa idosa desacompanhada de familiar sem uma justificativa aceitável. O que você acha da ideia? Será que seria um bom mecanismo de segurança contra o golpe do bilhete premiado?