Início Geral Gladis: mais de 60 anos de profissionalismo na área capilar

Gladis: mais de 60 anos de profissionalismo na área capilar

Fotos: Ana Souza
Cabeleireira mostrou os quadros que trazem registros
dos mais de 5 mil alunos formados

Os cabelos sempre alinhados, o sorriso estampado e uma energia que contagia. Assim é Gladis Lenz Arend, profissional do ramo capilar. Ela é exemplo para muitos que seguiram seus ensinamentos. Foi com grande simpatia que ela recebeu o Riovale Jornal em sua residência, mesmo local onde está o Instituto de Beleza e Escola de Cabeleireiros, na Rua Assis Brasil, 305. Em uma conversa bem descontraída e com receptividade calorosa, ela contou como tudo começou, quando tinha apenas 20 anos de idade. Hoje, aos 83, é sinônimo de amor pela vida e paixão por aquilo que faz.


Quando idealizei esta matéria, pensei em falar sobre alguém que tivesse uma trajetória marcante de trabalho e persistência, mas não imaginava que a sua publicação fosse coincidir justamente com o Dia Nacional do Cabeleireiro, comemorado hoje, 19 de janeiro. Bom, coisas que a vida nos apresenta de surpresa e, posso dizer, uma surpresa muito agradável e que me deixou orgulhosa em contar. Em 2010, tive a oportunidade de escrever para o jornal a respeito dos 50 anos da primeira escola de cabeleireiros da região e hoje volto com a história de vida de sua fundadora.

Gladis Lenz Arend: olhar cheio de orgulho pelas conquistas


O sonho de ter uma escola de cabeleireiros veio por intermédio do pai, Guilherme Lenz, que era barbeiro. Gladis também começou cedo, aos 18 anos. Foi em 13 de março de 1960 que surgia a primeira escola de cabeleireiros da região. “Ele sempre me incentivou. O primeiro aprendizado foi na Alice Gabe, depois fui para Porto Alegre, na Escola Luba, na qual me profissionalizei. Dali em diante, nunca mais parei de fazer cursos e repassar tudo o que aprendi”, recorda a profissional.


A procura pelo serviço aumentou e Gladis teve de expandir a atuação. “Tive que registrar uma escola, logo após me profissionalizar, e sempre foi no mesmo endereço. Hoje conto com dois salões e cinco ajudantes. Trabalhamos com corte, pinturas e também depilação e manicure. Já tive mais de 5 mil alunos. A escola funciona duas vezes por semana, terças e quintas, das 13 horas às 18 horas. Nas quartas-feiras, vou com meus alunos fazer a prática de forma voluntária na Asan (Associação Santa-Cruzense de Auxílio aos Necessitados, mantenedora do asilo municipal), em clínicas de idosos e nos colégios. Nos demais dias, atendo normalmente no salão, com hora marcada”, explica.


Gladis lembra que no princípio não existiam os produtos de alta tecnologia de hoje. “Os cabelos eram lavados com sabonete e sabão de coco. Para os penteados, nada de produtos top de linha, mas, sim, alguns truques, como enrolar os fios com aplicação de cerveja. Hoje existe uma grande linha de mousses e fixadores. Tudo que hoje tenho é um sonho realizado, muito trabalho e persistência em seguir em frente. Me sinto realizada. É minha vida, gosto tanto que não me vejo parar. É minha energia. É lindo de ver as turmas se formando. Amo o que faço! Tenho alunas por todo o Rio Grande do Sul e até fora do Estado. Gosto demais de tudo”, vibra a cabeleireira.

Ana Souza

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