Luciana Mandler
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Com seu efetivo, o 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Santa Cruz do Sul, atua para coibir a criminalidade e garantir a segurança e a tranquilidade da população. Nesse contexto, de janeiro a junho deste ano foram efetuadas 5.549 barreiras policiais, contra 1.206 no mesmo período do ano passado. A retração de 2021 se deu em virtude da pandemia de covid-19, onde a comunidade saiu menos, assim como diminuiu a ocorrência de delitos. Isso não significou que o trabalho realizado pela BM tenha reduzido. Pelo contrário, apenas mudou de foco, quando prestou apoio ao Poder Público nas intervenções em festas clandestinas, aglomerações e cobrança do uso da máscara.
Neste ano, em contrapartida, no retorno a uma vida mais perto do normal, o Comando Geral da Brigada Militar implantou o Plano Tático Operacional (PTO), com um calendário de ações e que otimiza ao máximo de recursos humanos e materiais, colocando as guarnições em determinados dias e horários da semana para fazer o enfrentamento à criminalidade. Essas ações foram planejadas a partir dos indicadores apontados na ferramenta Avante. “Alguns indicadores estão se sobressaindo, como por exemplo furto e roubo de veículos e roubo a estabelecimentos comerciais, financeiros e de ensino. Dentro do PTO, procuramos fazer um trabalho de enfrentamento, observando cientificamente esses indicadores”, explica o comandante do 23º BPM, major Fábio Vilnei da Silva Azevedo.
Em relação ao furto de veículos, em Santa Cruz do Sul, por exemplo, de janeiro a julho de 2021 foram registradas 43 ocorrências, enquanto neste ano, até 14 de julho, já somaram 44. Apesar de haver acréscimo, os indicadores não estão longe da estimativa da BM. “Ficamos dentro da meta proposta em janeiro, março, maio e junho. Perdemos meta em fevereiro, que eram sete e tivemos oito casos. No mês de abril, a meta também era sete e tivemos oito registros”, aponta o major. Ele adianta que neste mês a BM já adotou medidas para não passar da meta, como abordagens e identificação pela inteligência de quem continua a praticar esse delito no município.
Nos municípios de abrangência do 23º BPM, os números também preocupam. Nos sete primeiros meses do ano passado foram registradas 103 ocorrências e em 2022, antes mesmo do mês de julho acabar, já somam 126. O major Azevedo entende que a tendência é voltar para a meta, pois medidas de identificação estão sendo aplicadas para reverter o quadro. “Constantemente buscamos trabalhar na solução de problemas, colocando em prática ações de inteligência, direcionando contato com outros segmentos da segurança pública”, enfatiza. O comandante salienta ainda que esses números não estão centralizados apenas em Santa Cruz e sim espalhados por vários municípios, como Vera Cruz, Candelária, Venâncio Aires, Sobradinho, Passa Sete, Arroio do Tigre e Barros Cassal.
No que se refere a roubos a estabelecimentos comerciais, financeiros e de ensino, Santa Cruz registrou 54 casos de janeiro a julho do ano passado, enquanto em 2022 já chegam a 68. Em julho, até o dia 14, foram 16 ocorrências, contra 22 no mesmo mês em 2021. Na região do 23º BPM, houve 181 registros no ano anterior, contra 201 no atual, mas se considerado apenas julho, ocorreu queda de 55 para 50. A Avante projeta mais duas ocorrências até o fim deste mês, o que somará 52 se confirmadas, ficando dentro da meta, que é 59, e abaixo do registrado em 2021.
PLANO TÁTICO OPERACIONAL
A Brigada Militar, através do 23º BPM vem realizando ações da operação Plano Tático Operacional nos seus municípios de abrangência. A última edição ocorreu na quinta-feira, 21, e resultou na identificação de 407 pessoas e na fiscalização 209 veículos. Na ocasião, a BM integrou-se com a Inspetoria de Defesa Agropecuária RS na fiscalização de veículos de transporte com produtos de origem animal e transporte de semoventes. Durante a fiscalização, foi verificada uma irregularidade em relação ao armazenamento de produtos, na localidade de Cerro Alegre.