EVERSON BOECK
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Amanhã, dia 13 de fevereiro, começa mais uma Campanha da Fraternidade, este ano completando a quinquagésima edição. O tema é “Fraternidade e Juventude”, uma vez que a ação será desenvolvida no contexto da tragédia ocorrida em Santa Maria na madrugada do dia 27 de janeiro, que vitimou quase 250 jovens.
O lema – “Eis-me aqui, envia-me” – extraído do profeta Isaias (6,8), manifesta o desejo da Igreja de que os jovens assumam o papel de protagonistas na construção “da civilização do amor e do bem comum”.
Segundo o assessor de imprensa da Diocese de Santa Cruz do Sul, Padre Roque Hammes, como objetivo geral para a Campanha da Fraternidade, a Igreja propõe “acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”.
Conforme o padre Roque, a Campanha da Fraternidade apresenta aos jovens exemplos de vida. “O maior de todos é o próprio Jesus Cristo, que, tal como os jovens, ‘ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens’. Ele rompeu com as tradições dos antigos e causou escândalos entre os crentes de Israel. Lutou, até o fim, pela realização de seu sonho, que era a instauração do Reino de Deus”, comenta.
Além de Jesus Cristo, de acordo com Hammes, outros exemplos para os jovens podem ser os profetas do tipo de Isaías. “Mesmo reconhecendo suas limitações, se colocou a serviço de Deus, dizendo: ‘Eis-me aqui, envia-me’. Temos ainda Maria Santíssima, os apóstolos, muitos santos e santas que se destacaram ao longo dos anos. Com a escolha do tema da juventude, ‘a Igreja renova sua confiança no jovem, capaz de ouvir e de responder aos mais nobres convites que a vida lhe faz’”, observa.
O Bispo Dom Canísio Klaus ressalta que na introdução ao Texto Base se diz que “a Campanha da Fraternidade se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, e reavivar-lhes o potencial de participação e transformação”.
Para ele, de todos os grupos etários, os jovens são os que mais sofrem os impactos das inúmeras mudanças que estão acontecendo nas últimas décadas. “Eles nasceram e estão crescendo no contexto de mudança de época, em que se faz a transição de uma cultura estável para outra, nova e ainda não estabilizada”, salienta.
Sobre a Campanha da Fraternidade
Realizada pela primeira vez em 1964, a Campanha da Fraternidade chega em sua quinquagésima edição na quaresma de 2013. O projeto foi lançado em nível nacional em dezembro de 1963, sob o impulso renovador do Concílio Ecumênico Vaticano II, que estava em andamento naquela época.
Conforme consta no Manual da Campanha da Fraternidade, a proposta da Campanha é “ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viver a fraternidade em compromissos concretos, no processo de transformação da sociedade, a partir de um problema específico que exige a participação de todos, na busca de alternativas de solução”.
DIVULGAÇAO/RJ
Os jovens são o foco da campanha, a qual será realizada no contexto da
tragédia ocorrida em Santa Maria que vitimou quase 250 jovens