Desde que a Mercur decidiu criar produtos com as pessoas e não para elas, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm sido grandes aliados da empresa no desenvolvimento de produtos. É durante os processos de cocriação que eles, junto aos usuários, equipes da empresa e outros profissionais, auxiliam a encontrar as melhores soluções para que os produtos contribuam para a saúde e o dia a dia das pessoas de forma prática. Por meio do seu conhecimento na reabilitação de pessoas e no desenvolvimento da autonomia, conseguem adicionar um olhar sensível sobre as necessidades e dificuldades das pessoas.
Os processos de cocriação da Mercur iniciaram após a primeira virada de chave da organização, em 2008. Eles consistem em um trabalho interdisciplinar para se pensar a concepção, prototipagem, melhoria e desenvolvimento dos diversos produtos da área de saúde e educação da empresa. “Essa metodologia coloca as pessoas no centro do processo, por meio dela a gente consegue desenvolver itens que fazem sentido para as pessoas e suas necessidades. O resultado é um produto que conta a história de muitas pessoas, de cada profissional e de cada paciente”, afirma Cristina Fank, terapeuta Ocupacional que atua na área de Inovação da Mercur.
O conhecimento dessas duas áreas da saúde é importante para a melhoria dos itens, pois são esses profissionais que recomendam o uso, por exemplo, de muletas, facilitadores de atividades de vida diária, bota imobilizadora entre outros itens do portfólio da empresa. “Eles são um link entre milhares de pacientes e a Mercur, pois estão no dia a dia acompanhando o uso dos nossos produtos. Portanto, quando compartilham suas impressões com a gente, eles conseguem trazer um olhar apurado sobre como cada item se comporta no dia a dia, das necessidades das pessoas, aliado ao conhecimento técnico de suas áreas”, afirma Regis Severo, fisioterapeuta que atua na área de Inovação da Mercur.
Juliana Wilborn, fisioterapeuta e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) é uma das profissionais que tem participado dos processos de cocriação. Um dos mais recentes foi o da Nova Muleta Canadense da Mercur, que passou a ser produzida no Brasil este ano. “Quando falamos no tratamento de lesões, por exemplo, uma situação cercada de incertezas e inseguranças, e o paciente encontra um produto que realmente o ajuda, que ele passa a confiar, que ele se sente cuidado, que se incorpora no seu dia a dia, isso faz toda a diferença em sua qualidade de vida e na adesão ao tratamento. Os testes, as inserções de tecnologia e as melhorias que desenvolvemos juntos para a Muleta vão nesse sentido”, destaca. Para a pesquisadora, uma das principais vantagens desse produto foi incorporar melhorias que aliam funcionalidade e bem-estar. “Aqui no IBTEC, uma das análises foi entender como a mão interagia com a muleta, qual eram os pontos de pressão palmar, melhor angulação que proporcionasse segurança e estabilidade e, qual material evitaria calos e suor, etc. E é muito gratificante ver as nossas sugestões acrescentadas ao projeto e pensar no impacto positivo que vão ter para as pessoas”, destaca.
Já a terapeuta Ocupacional Mariana Saar de Almeida, que atende em uma clínica, já participou do processo de cocriação de diversos produtos, entre eles a Luva Flexora, recurso de Tecnologia Assistiva que auxilia pessoas com dificuldades motoras a segurarem objetos importantes para a realização de suas atividades de vida diária. “Muitos produtos de saúde são importados e muitas vezes são desenvolvidos para outros contextos, culturas e necessidades. Portanto, essa parceria com a Mercur traz benefícios incalculáveis, pois conseguimos juntos desenvolver soluções para a realidade dos nossos pacientes”, destaca. No caso da luva, por exemplo, ela realizou junto com a empresa uma oficina para que os pacientes que atendia pudessem testar os produtos. “Com essa dinâmica, eles puderam já utilizar a luva e eu e outros profissionais observamos seu funcionamento, suas características, sua segurança, sua pega, seu tamanho e se ele realmente estava atendendo aos critérios que precisávamos. O resultado disso é que um produto muito mais eficiente”, afirma.
Para Cristina, é a soma dos olhares dos diferentes participantes do processo de cocriação que contribui para a melhoria dos produtos. “É esse estar junto, o coletivo, a capacidade de agregar diferentes visões, complementar o saber um do outro que nos ajuda a atender a necessidade das pessoas”, afirma. Os profissionais que desejarem participar dos processos de cocriação da Mercur, podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] para receber as informações.