Alyne Motta
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A comissão estadual dos Festejos Farroupilhas já escolheu a música tema para 2013. A composição “Eu sou Rio Grande”, com letra de Gujo Teixeira e melodia de Luciano Maia foi a vencedora. Em ritmo de polca, a música inédita foi escrita especialmente para o evento.
Contemplando ritmos consagrados do cancioneiro rio-grandense, a polca composta enfoca o temário para este ano: O Rio Grande do Sul no imaginário social. A música estará presente em todas as atividades alusivas aos Festejos Farroupilhas e servirá para divulgação do mesmo.
O anúncio dos vencedores ocorreu na tarde de quarta-feira, 29 de maio, na sede do Instituto Gaúcho da Tradição e Folclore (IGTF), situado em Porto Alegre. A premiação ocorrerá após o encerramento dos Festejos Farroupilhas, juntamente com a entrega de prêmios do Desfile Temático e do Acampamento Farroupilha.
Eduardo Rocha Fotografia
Gujo Teixeira (D) e Luciano Maia sagraram-se os vencedores
Eu sou Rio Grande
Letra Gujo Teixeira / Melodia Luciano Maia
Eu sou Rio Grande, de histórias e de lendas
De um povo simples, de verdades e razões
Estampa rude, de fazer tantas fronteiras
Alma de vento, acalentando corações.
Eu sou Rio Grande, do Negro do Pastoreio
Guri de campo, que em lenda se transformou
Imagem clara, das crendices e dos baios…
Te acendo velas, que meu sonho se extraviou!
Eu sou Rio Grande, nos olhos da M’boitata
Clareando um tempo, onde a fé era esquecida
Do homem simples, que confiava nas verdades
Onde a confiança, por querer, se mantém viva…
Eu sou Rio Grande, de Simões e de Blau Nunes
Homens de livros, cada qual com sua história
Fizeram pátria, e destinos pelo pago
Nos resguardando, um tempo antigo na memória.
Eu sou Rio Grande, do Jarau e das Missões
Templos sagrados de palavras e de preces
Silêncio e pedra, catedral de mil mistérios
Princesa moura, que a saudade não esquece.
Eu sou rio grande, terra guapa que tem dono
Pelas palavras de um herói que hoje revivo
De lança em punho, o guerreiro não se entrega
Ígual a tantos, que ainda afirmam o teu motivo.
Eu sou rio grande, do churrasco e da erva mate
Neste ritual de amizade em comunhão
Palavras índias, que adoçadas pela água
Nos irmanaram, perpetuando a tradição.
Eu sou rio grande, tão real e imaginário
Que tempo a dentro fez divisas e fronteiras
Sou ouro e campo e o sangue dos farrapos
Pelas três cores, tremulando em tua bandeira.