Para muitos dos nossos leitores é tempo de férias. Viagens, praia, descanso! Nossas leis garantem a todos os trabalhadores o direito a um mês de férias remuneradas. Ainda que haja pessoas que necessitam trabalhar neste período, há aqueles que querem trabalhar e no fim da vida se arrependem de não ter vivido mais, celebrado mais.
O descanso é bíblico. Ao povo de Israel, que saía da dura escravidão no Egito, é dito que na nova terra deveria guardar um “shabat”. Ou seja: um dia de descanso. Todos, até mesmo os estrangeiros e animais utilizados na lida (Ex 20.8-11). Isto vale também para nós. A Bíblia também assegura o ano sabático para a terra. Também ela deveria descansar de sete em sete anos. É a vontade do criador que nós tenhamos assegurado o direito ao descanso semanal. Trabalhar com alegria e moderação faz bem, mas Deus deseja que nossa vida seja plena e tenhamos bem estar.
Na exigência de Deus – guardar o dia de descanso- está implícito o reconhecimento de que a vida não é só trabalho e de que a escravidão é inaceitável. Não vivemos somente para trabalhar, anos e décadas a fio. Necessitamos de tempo para a espiritualidade, a família, os amigos e para a caridade. Necessitamos de tempo para celebrar a vida e a comunhão. Não vale a perna viver voltado somente para si e para o interminável exercício de acumular bens que não se sabe quem os levará.
Férias é tempo de visitar amigos e para voltar ao lugar onde nascemos e onde moram boas lembranças de nossa infância.
A instituição do descanso nos leva a refletir sobre o desapego ao que é puramente material. Quem resolve parar e descansar sinaliza positivamente que a vida vale mais do que alguns cobres (R$) bem guardados e que poder-se-ia não ter tempo para gastar. Quem vende suas férias, quando não por urgência de por comida na mesa dos filhos, abre mão de cuidar de si e dos seus. Um salário a mais não resolve boa parte dos problemas do dia a dia. Mas, um saudável e afetuoso convívio com a família, pode tornar melhor um ano todo.
Deus fez tanta coisa bonita para se ver. Depois de cada curva e de cada coxilha há ainda muitas belezas para se admirar. A vida passa tão depressa e não é bom deixar para depois. Depois, pode não vir. Penso que o Texto de Ec 4.7-8, fala por si: “Descobri que na vida tem mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem. Para que é que ele trabalha tanto deixando de aproveitar as coisas boas da vida? Isso também é uma ilusão. É uma triste maneira de viver”
P. Rosemar Ahlert- Paróquia Ev. De Confissão Luterana Castelo Forte.
Avisos: Cultos
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