A Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade 2022 da Unisc começou na noite de terça-feira, 18, e termina nesta sexta-feira, 21. Durante os dias do evento, a programação previu a apresentação – de forma remota e presencial – de 73 trabalhos elaborados por estudantes e professores de escolas públicas e privadas de municípios das áreas de abrangência das 6ª, 11ª e 24ª Coordenadorias Regionais de Educação.
O coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, enfatizou que a educação faz a diferença. “Apostando no aluno, com nosso monitoramento, olhar e gestão. Se quisermos uma sociedade diferente precisamos fazer essa diferença. Precisamos dar oportunidade ao estudante de desenhar essa sociedade, esse mundo mais colorido, pois o estudante tem muita coisa para nos mostrar”, sublinhou.
Já o reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, lembrou que há poucos dias participou de um debate sobre o futuro do trabalho e da educação. “Fui estudar um pouco o tema e me impressionei com o altíssimo índice de evasão escolar nos ensinos fundamental, médio e superior. O problema não é apenas do gestor, das secretarias municipais, da universidade, é um problema da sociedade. Pois, se tem esse abandono, algo está errado e precisamos pensar em conjunto. Aqui estamos atuando juntos para levar criatividade e pesquisa para os estudantes, pois a educação resolveria uma boa parte dos problemas da nossa sociedade”, apontou.
Os projetos da mostra na Unisc foram desenvolvidos desde as séries iniciais ao ensino médio. A diversidade de trabalhos é enorme, com abordagens de livre escolha das equipes. O tema principal da feira é inovação e sustentabilidade. “A importância do evento é incentivar escolas, alunos e professores a realizar pesquisas e com isso contribuir para o aprendizado dos jovens e crianças, preparando-os de uma forma melhor para resolver situações e problemas. Afinal de contas, desenvolver um projeto já é pensar no problema e tentar encontrar uma solução por meio do estudo”, explicou a coordenadora-geral da feira, Cláudia Mählmann.
Um grupo de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Felippe Jacobs, de Santa Cruz do Sul, levou para a mostra um projeto de visibilidade para cientistas negros e mulheres que não recebem reconhecimento e valorização da sociedade. “Trazemos materiais de alguns cientistas negros que tiveram um grande marco. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas sobre esses estudiosos, que são pouco conhecidos na sociedade e nas escolas, tornando assim importante o estudo da ciência”, explicou a professora Poliana Antunes, que orientou os estudantes Sara Araújo, Issac Lopes, Arthur Tietze e Mariana Machado.