Uma premiação diferente foi conferida aos 13 projetos destaques da Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade, promovida pela Unisc, em parceria de execução com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), com o apoio do CNPq, do MCIT, das 3ª, 24ª CRE e da Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul. Foram oferecidas oficinas aos alunos vencedores vindos de escolas estaduais, municipais e particulares. As atividades ocorreram entre 30 de novembro e 7 de dezembro. Entre elas, estavam Experimentos de Química e Primeiros socorros na parada cardíaca e na obstrução das vias aéreas por corpo estranho realizadas em laboratórios do campus da Universidade de Santa Cruz do Sul. Uma terceira atividade foi ofertada, de forma remota, pela empresa Mercur, de Santa Cruz do Sul, envolvendo uma discussão sobre Inovação com sustentabilidade.
Dulciane Nunes Paiva, uma das professoras responsáveis pelos Primeiros socorros na parada cardíaca e na obstrução das vias aéreas por corpo estranho, recebeu três alunos do Ensino Fundamental nos blocos 34 e 35 da Unisc. Segundo ela, a experiência foi marcante e os visitantes se mostraram encantados com o assunto abordado. A oficina tratou das manobras para ressuscitação cardiopulmonar e de Heimlich, mais conhecida como manobra para o engasgo. “Foi oportunizado a eles a prática desses protocolos, fugindo da abordagem teórica e possibilitou exercícios práticos de ressuscitação cardiopulmonar em bonecos simuladores”, ressaltou. Também foram treinados para detectar se uma pessoa está com engasgo nas vias aéreas e a realização da manobra de Heimlich. No mesmo dia visitaram o laboratório de enfermagem e puderam interagir com docentes e bolsistas de iniciação científica. Conforme Dulciane, foi uma atividade produtiva e os alunos mantiveram-se muito interessados nas vivências.
Na oficina Experimentos em química, Wolmar Alípio Severo Filho, professor responsável pela atividade, recebeu duas alunas de 9º ano do Ensino Fundamental no Laboratório de Química, no bloco 11 da Unisc. Para que as estudantes tivessem um dia de vivências diferenciado, o professor organizou 12 experimentos. Antes, porém, mostrou as vidrarias no laboratório para, então, fazer um mergulho no mundo da química. Os experimentos foram desde a diferenciação da densidade de dois líquidos, passando pelo estudo da polaridade e a densidade, a produção de uma bomba à base de bala de goma, a verificação da presença do etanol na cachaça, a experiência de atear fogo em uma nota de R$ 100, sem queimá-la até a transformação de uma medalha de cobre em uma de prata e, na sequência, em medalha de ouro. De acordo com o professor, nesse último experimento, foram usadas moedas de 5 centavos que têm a composição química adequada para essa transformação. “Essa oficina teve uma abordagem desse conjunto de experimentos, muitos dos quais as alunas já tinham noção do ensino de 9º ano e outros que ainda vão vivenciar na jornada de estudantes de ensino médio”, destacou. Conforme Severo, as estudantes participaram ativamente dos trabalhos, mostrando dedicação e boa interlocução em cada exercício. “Elas são muito curiosas e ficaram encantadas com o que viram e vivenciaram nessa iniciação de vários conceitos ligados à Química”, acrescentou. E a professora Magda Almeida, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Balduíno Thomaz Brixner, de Arroio do Tigre, que acompanhou as alunas, disse que elas “amaram a oficina de Química, em especial pela conexão que apresentou com o cotidiano”.
A terceira oficina teve a participação de oito alunos e abordou a Inovação com sustentabilidade, realizada de forma remota pela empresa Mercur, e proporcionou reflexões sobre os desafios relacionados aos problemas socioambientais atuais. Para a professora coordenadora da Feira de Ciências, Cláudia Mählmann, essa premiação diferenciada teve como meta proporcionar espaços diferenciados de aprendizagem aos estudantes e professores que alcançaram as posições de destaque no evento. “Foi a forma que a comissão organizadora vislumbrou de premiar com algo que não é um bem material, mas nunca será perdido, que é o conhecimento”, enfatizou.