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Fé | Festa do Divino ocorre neste final de semana

Alcançando a 34ª edição, evento acontece nas dependências da Paróquia Espírito Santo

Fotos: Ana Souza
Padre Hilário: “Comunidade
está integrada
na realização
da festa”

Ana Souza
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Uma tradicional festa no calendário de eventos de Santa Cruz do Sul, movimentará as imediações do Bairro Arroio Grande neste final de semana. A Paróquia Espírito Santo realizará pela 34ª edição a Festa do Divino. O final de semana será de várias atrações para o público que se fizer presente. A programação inicia neste sábado, 19, com o tema ‘O espírito santo é minha bandeira’.


Segundo o pároco da Espírito Santo, padre Hilário Gonçalves, a programação iniciou já no dia 10 com as novenas do Divino e que ocorrem antes da abertura oficial da festividade. Trouxeram como tema ‘Um só pastor, em um só rebanho’. As pregações foram realizadas diariamente, às 18h30min, e seguirão até o final da festa, no domingo, dia 20. “Foram momentos de muita animação e integração com a comunidade. Neste sábado, 19, teremos a nossa tradicional galinhada ao meio-dia. Durante a tarde iremos recepcionar os grupos da Terceira Idade e haverá um baile festivo com o Grupo Estrela de Ouro, que também anima no domingo. No final da tarde a missa Noite Mariana, com os fieis rezando o terço.

Neste momento as pessoas podem levar as imagens de Nossa Senhora para serem abençoadas. No domingo, dia 20, a missa iniciará às 10h, com a integração junto aos demais párocos da Comarca de Santa Cruz do Sul. Ao meio-dia almoço festivo e durante a tarde a reunião dançante. Durante o encerramento, sorteio da rifa ‘Ação Entre Amigos’. Serão 50 prêmios. O talão custa R$ 100,00, com 10 cartelas e quem adquirir ganha dois ingressos cortesia, podendo ser utilizados ou no sábado ou no domingo. Os recursos da festa serão utilizados para a compra de um hidrante, no valor de R$ 70 mil e que queremos instalar até o final do ano.”


O pároco enfatiza que já é tradicional celebrar, sempre no terceiro domingo de agosto, a data de fundação da Paróquia Espírito Santo, em 21 de agosto de 1988. “Nosso padroeiro é o Divino Espírito Santo que é celebrado no Pentecostes. Há uma grande integração da comunidade, inclusive temos o casal festeiro que é a Liane e o José Luiz Simon. Eles divulgam a festa e assim temos as equipes de serviços dentro do salão, na Liturgia, na Igreja com todos os preparativos.

Esperamos comercializar, entre sábado e domingo, em torno de 1,5 a 1,7 mil almoços. Também haverá o Tudo Premiado e a divertida Pescaria para as crianças. Todo o recurso arrecadado serve para a manutenção da Paróquia, tanto que conseguimos realizar a revitalização da praça, pintura da igreja, compra de novos eletrodomésticos e renovar a iluminação. Resultado de um trabalho de integração, pois a Igreja é nossa segunda família! Quando se tem um ambiente alegria, temos um estímulo para as pessoas participarem!”

“Temos um grupo de trabalho muito bom”

A organização da Festa do Divino conta com o apoio e envolvimento de várias pessoas que fazem parte da comunidade do Bairro Arroio Grande. Um exemplo de dedicação é do casal Eliane e José Luiz Simon. “Nossa trajetória na Paróquia Espírito Santo completa 20 anos, sempre atuando em diversos setores e pastorais. Em maio de 2012, fomos convidados a assumir a missão de festeiros da 20ª terceira edição da Festa do Divino. E neste ano mais uma vez recebemos o convite através do nosso pároco, Padre Hilario Gonçalves, e integrantes da diretoria, para assumirmos como festeiros da 34ª edição da festa. Aceitamos com alegria, porque sempre foi muito gratificante o trabalho em comunidade onde fazemos amigos. Somos bem sucedidos, porque temos um grupo de trabalho muito bom e os resultados se revertem em melhorias para todos os frequentadores da nossa comunidade. Esperamos através da nossa contribuição motivar pessoas e mais jovens que possam se integrar e dar continuidade nos trabalhos da vida em comunidade. Nossa expectativa é que a festa seja marcada com a participação de um grande público, como tradicionalmente acontece todos os anos”, enfatizou o casal.

Liane e José Luiz: o casal festeiro

Origem com tradição portuguesa

A origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos designados de Bodo aos Pobres com distribuição de comida e esmolas. Tradição que ainda se cumpre em algumas regiões de Portugal. Há referências históricas que indicam que foi inicialmente instituída, em 1321, pelo convento franciscano de Alenquer sob proteção da Rainha Santa Isabel de Portugal e Aragão.


A celebração do Divino Espírito Santo no planeta teve origem na promessa da rainha, D. Isabel de Aragão, por volta de 1320. A Rainha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o rei D. Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo, D. Afonso, herdeiro do trono. De acordo com os documentos, D. Isabel não se conformava com o confronto entre pai e filho legítimo em vista da herança pelo trono, pois era desejo do rei que a coroa portuguesa passasse, após sua morte, para seu filho bastardo, Afonso Sanches. Diante do conflito, a rainha Isabel passou a suplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seu esposo e seu filho. A interferência da rainha teria evitado um conflito armado, denominado a Peleja de Alvalade.


Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.


A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nos territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil. (Fonte: Wikipedia)