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Famílias vão sentir ainda mais no bolso

Conta de luz e gás de cozinha voltam a subir e mexem com economia financeira de consumidores

Luciana Mandler
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As famílias brasileiras que já sentem o aumento dos produtos em supermercados vão sofrer com a elevação novamente no preço do gás de cozinha e na conta de luz. Além da constante instabilidade no valor do litro pago pela gasolina.

Após o aumento no mês de maio na conta de energia elétrica, quando passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, em que foi acrescido R$ 4,16 a cada 100 kWh consumido ao mês, em junho foi ainda pior, pois a tarifa passou ao patamar 2, o que representa R$ 6,24 na conta para cada 100 kWh.

Se assim, ao abrir a fatura da conta de luz, o consumidor já levou um susto devido ao valor a ser pago, imagina como enfrentará o mês de julho, em que a previsão é que novamente o preço volte a subir. Assim, o patamar mais alto do sistema de tarifa extra de energia, a bandeira vermelha patamar 2, deve aumentar mais de 60%, e com isso, a conta de luz pode ficar pelo menos 15% mais cara a partir do próximo mês.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumentará os valores das bandeiras tarifárias, a taxa extra que é acionada quando o custo da geração de energia sobe, o que ocorre em decorrência da crise nos reservatórios das hidrelétricas. Segundo a Aneel, os custos estão sendo calculados e os novos valores devem ser anunciados ainda neste mês, para serem repassados aos consumidores a partir de julho.

VALORES ATUAIS

Atualmente é cobrado R$ 1,34 a cada 100 kWh consumidos na bandeira amarela, R$ 4,16 na bandeira vermelha patamar 1 e R$ 6,24 na bandeira vermelha patamar 2. Já na bandeira verde não há cobrança adicional. Segundo cálculos da Aneel, o novo valor para a bandeira vermelha patamar 2 deve ser de aproximadamente R$ 10.

GÁS

Se pagar as contas já está pesado, imagina com mais um aumento. Na semana retrasada, a Petrobras anunciou a elevação de 5,9% no preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o conhecido gás de cozinha. Desde o dia 14 de junho, o valor foi repassado às refinarias, e consequentemente aos consumidores. Em Santa Cruz do Sul, o valor médio já ultrapassou os R$ 100 para pedidos com tele-entrega.

Na última pesquisa realizada pelo Procon Municipal de Santa Cruz do Sul, em 18 de junho, em nove revendas, para botijões de 13 quilos, o maior preço foi de R$ 104 com tele-entrega, enquanto o menor preço foi de R$ 98. O maior custo foi localizado em uma revenda no Bairro Santo Inácio e o menor no Bairro São João.

No levantamento anterior realizado em 15 de junho, um dia após o anúncio de que valeria o aumento no preço do botijão, quem precisou de gás já pagou com reajuste, em que também o maior preço foi de R$ 104 e menor de R$ 98, com tele-entrega.

Antes do acréscimo, conforme aponta pesquisa realizada em 11 de junho pelo Procon Municipal, o maior preço encontrado foi de R$ 98 com tele-entrega e o menor custo era de R$ 97, ou seja, os valores estavam abaixo de R$ 100. Na ocasião, o preço médio para o botijão de gás era de R$ 97,80, enquanto atualmente está em R$ 100,50. A média elevou-se em R$ 2,70.

Se o consumidor optar por retirar no local consegue um preço um pouco melhor. Na pesquisa de sexta-feira, 18, o maior preço encontrado foi de R$ 93, e o menor de R$ 87, ficando um custo médio de R$ 92. Em 11 de junho, antes do reajuste, o preço mais elevado encontrado pelo levantamento foi de R$ 88 e o menor de R$ 87, retirando no local. O preço médio era de R$ 87,83. Ou seja, R$ 4,17 abaixo do preço atual.

GASOLINA

Ainda neste mês, os consumidores tiveram que enfrentar aumento no preço da gasolina. Embora venha se mantendo, desde o início de junho, o valor ultrapassa R$ 6 tanto para o tipo comum quanto aditivada. Na pesquisa realizada em 18 de junho, em que 26 postos informaram os valores para o Procon Municipal de Santa Cruz do Sul, o maior preço para a gasolina aditivada foi de R$ 6,28 no crédito e R$ 6,19 no débito. Já o menor custo foi de R$ 5,96 tanto no crédito quanto no débito.

O tipo comum foi encontrado com maior valor de R$ 6,08 no crédito e de R$ 6,03 no débito. O menor preço foi de R$ 5,89 em todas as formas de pagamento (dinheiro, débito e crédito).

No levantamento realizado em 28 de maio, o maior valor para a gasolina aditivada era de R$ 6,19 no crédito e de R$ 6,09 no débito, enquanto o menor custo foi de R$ 5,86. Para a gasolina comum, o custo mais alto foi de R$ 5,99 (para pagamento em dinheiro, débito e crédito) e o mais baixo de R$ 5,86 (também nas três formar de pagamento).