A demora na distribuição de vacinas se tornou o principal obstáculo para os profissionais das mixed martial arts (MMA) no Brasil. Com o aumento no número de casos da Covid-19, cada vez mais países aumentam as restrições à entrada de brasileiros não vacinados, o que impede a contratação dos atletas pelas principais organizações do circuito de lutas mundo afora.
Desde o começo da pandemia, no início de 2020, praticamente não há eventos nacionais da modalidade no País, restando apenas as competições internacionais como sustento para os profissionais do esporte. “A demora para vacinar a população está estragando a vida pessoal e profissional dos atletas”, lamenta o empresário e preparador físico Rafael Ghilosso, o ‘Sombra’. Líder e fundador da equipe ‘Sombra Team’, Ghilosso atua há 12 anos em Porto Alegre agenciando atletas gaúchos dentro e fora do País. Em março, viu seu pupilo Vinicius Oliveira se tornar campeão peso-galo do UAE Warriors, maior evento de MMA dos Emirados Árabes. “O UFC está com restrições para contratar brasileiros devido à pandemia. Eles têm interesse no Vinícius, mas as negociações estão paradas justamente por causa da Covid-19 e da falta de vacinas”, declarou o treinador.
Atualmente, 217 países têm restrições à entrada de pessoas vindas do Brasil, segundo o site de viagens Skyscanner. Apenas oito países possuem restrições leves ou nenhuma restrição à entrada de brasileiros no momento: México, Afeganistão, República Centro Africana, Albânia, Costa Rica, Nauru e Tonga.