Everson Boeck – [email protected]
Já no primeiro dia de aula a Escola Estadual de Ensino Fundamental Petituba enfrenta dificuldades. Até a tarde de ontem faltavam sete professores no quadro de docentes, o que corresponde a seis disciplinas: português, ciências, inglês, matemática, ensino religioso e educação física. Alunos do 6° ao 8° ano estão sem aulas ou com o horário reduzido.
A diretora da escola, Soraia Maria Kaercher, em entrevista ao Riovale Jornal informou que as aulas nas turmas dos anos iniciais não estão prejudicadas, somente nos anos finais. “Uma turma não teve aula. E amanhã (hoje, terça-feira) outras turmas terão apenas alguns períodos porque o quadro continua incompleto”, lamentou.
Everson Boeck
Já no início das aulas escola permanece com o quadro de docentes incompleto
Soraia disse que a escola há aproximadamente dez dias, quando começou a ser informada pelos próprios professores que estes não compareceriam mais às aulas, pressiona a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) para que o quadro estivesse completo já no primeiro dia de aula. “Os próprios educadores que nos avisaram que estavam sofrendo alteração de designação de escola, um estava indo para uma instituição perto de sua residência, outro para uma de difícil acesso e por aí vai. Outros nem avisaram. Em 11 anos que eu trabalho nesta escola não me recordo de ter passado por uma situação tão caótica”, pontuou.
A diretora enfatizou que a escola não critica as remoções dos professores, mas desaprova que os alunos sofram com as decisões mal tomadas. “Parece que em momento algum se pensou nas crianças que estão sem estas aulas. Antes de se retirar um professor de uma escola é preciso que já exista outro para substituí-lo. Estas faltas nos deveriam ser comunicadas pela 6ª CRE, que é superior à direção, e não pelo professor”, sublinhou.
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Soraia Kaercher: “Em 11 anos que eu trabalho nesta escola não me recordo de ter passado por uma situação tão caótica”
Além disso, todos os alunos dispensados levaram ao conhecimento dos pais ou responsáveis uma mensagem assinada pela direção do educandário informando sobre o problema e esclarecendo que as alterações que estão ocorrendo nos horários são de responsabilidade da 6ª CRE e não da escola. “Felizmente as famílias dos nossos alunos são participativas e presentes na escola. Logo são sabedoras de que dentro do que nos compete estamos fazendo todo o possível para solucionarmos este desagradável momento”, considerou.
No final da tarde de ontem um professor se apresentou para a disciplina de ensino religioso. Kaercher afirmou, ainda, que a escola entrou em contato diversas vezes com a 6ª CRE e esta garantiu que a situação será regularizada o mais breve possível.