Os presidentes da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, e do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, assim como o fumicultor e agro influencer, Giovane Weber, são os santa-cruzenses no painel “Campo em Debate”, que o Grupo RBS promove nesta quarta-feira, 31, a partir das 13h30, na 45ª Expointer, em Esteio. O tema aborda a Agenda ESG na cultura do tabaco.
Werner destaca que será uma ótima oportunidade de falar sobre as ações sociais, ambientais e de gestão que os fumicultores aplicam diariamente em suas propriedades. “A cadeia produtiva do tabaco é organizada nessa questão e nossos fumicultores, na gestão de suas propriedades, cada vez mais entendem a necessidade da produção sustentável. Será um debate enriquecedor”, projeta.
A pujança da produção do tabaco pode ser reconhecida pelos seus números no Brasil. Com cerca de 128 mil famílias produtoras envolvidas e faturamento de mais de R$ 9 bilhões na safra 2021/2022, a cultura emprega mais de 600 mil pessoas no campo e gera em torno de 2 milhões de postos de trabalho indiretos. O Rio Grande do Sul, que lidera o ranking nacional de produção com mais de 50% do total colhido, é pioneiro em iniciativas que fazem da fumicultura uma das atividades agrícolas mais sustentáveis do seu território. No ranking das exportações gaúchas dos produtos primários, o tabaco só fica atrás da soja.
Para alcançar esses números e acumular tantos resultados positivos, o setor desenvolve há décadas um conjunto de ações e iniciativas que envolvem questões ambientais, sociais e de governança, ou seja, o conceito ESG. Hoje, o tabaco está entre as culturas que menos utiliza agrotóxico. Nas áreas produtoras, ao menos 22% do total da propriedade abriga florestas.
Outro marco importante é o combate ao trabalho infantil nas lavouras, que começou há mais de 20 anos. Essa ação fez com que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontasse o setor como um exemplo na proteção de crianças e adolescentes. Também culminou na fundação do Instituto Crescer Legal, em 2015, em uma iniciativa do SindiTabaco financiada por empresas privadas do setor.
Além de Benício Werner, Giovane Weber e Iro Schünke, participam do painel o secretário estadual da Agricultura, Domingos Velho Lopes; e a superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Helena Pan Rugeri. A apresentação é da jornalista Gisele Loeblein. Com duas horas de duração, o debate tem transmissão ao vivo pelo canal GZH no YouTube, direto da Casa da RBS.
Saiba mais
A agenda ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa – environmental, social and corporate governance) é o marco de gestão mais importante do mercado atual e conduz as organizações a criarem políticas para estruturar suas atividades de modo sustentável em seus múltiplos aspectos:
• Ambiental – organização apresenta ações para minimizar o impacto na natureza e articula saídas para construir um ativo ambiental. Questões como uso de água, opção por energia renovável e manejo de resíduos são exemplos de condutas amparadas pelo conceito de ESG;
• Social – alinhar as relações com todos os públicos da organização e manter métodos democráticos, transparentes e respeitosos com cada um deles é fundamental. Isso envolve tanto a comunidade que circunda a empresa como os funcionários dela;
• Governança corporativa: criar espaços de diálogo e estruturar as tomadas de decisão a partir de princípios éticos e igualitários são formas de tornar a governança próxima dos aspectos anteriores. Ter uma boa política de conformidade institucional e sustentável.