Diego Dettenborn
Em mais uma fase da operação Feudalismo, o Ministério Público denunciou no último dia 6, a ex-vereadora Solange Finger (PSD). A denúncia dá conta de que ela se apropriou de mais de R$ 180 mil em salários de ex-funcionários do Legislativo, durante o período de cinco anos. O processo de investigação teve início ainda em 2019, e agora aponta, além da ex-vereadora que chegou a ser presidente da Câmara em 2015, o marido dela, Oscar Olinto da Rocha, que segundo a denúncia seria o responsável por fazer a coleta dos valores.
Procurado pela redação do Riovale Jornal, o advogado Ezequiel Vetoretti, que defende Solange Finger e outros três ex-vereadores na Operação Feudalismo, disse através de Nota que: “observar que a inicial apresenta algumas contradições em relação às outras acusações anteriormente ajuizadas pelo Ministério Público, bem como trata situações idênticas de forma completamente distintas. No entanto, qualquer manifestação acerca do mérito da ação seria precipitada e em nada contribuiria para o esclarecimento dos fatos. Uma acusação desta natureza normalmente inicia dilatada e, apenas com a companhia experiente do tempo, acaba adquirindo o seu tamanho normal, com o esclarecimento de pontos e o afastamento de acusações infundadas. Em respeito ao Juízo, nos manifestaremos no único, legitimo, democrático e adequado ambiente que é o processo”.
Possível condenação
Em junho passado a Operação Feudalismo completou dois anos desde as primeiras movimentações, ainda em 2019 quando na sua primeira fase teve como alvo inicial o então vereador Paulo Lersch (naquele tempo filiado ao PT). Elo Schneiders (PSD), Alceu Crestani (PSD) e André Scheibler (PSD), também foram posteriormente investigados, culminando com a cassação dos mandatos de ambos. Agora, em 2021, todos os ex-vereadores respondem a ações tanto na esfera criminal quanto na esfera cível.
O promotor de justiça Érico Barin, responsável pela condução da investigação, destaca aspossibilidades no que diz respeito a conclusão do caso da ex-vereadora. “A expectativa do MP é de que, após a tramitação dos processos (criminal e cível), os réus Solange e Oscar sejam condenados pela prática de crimes de concussão e por atos de improbidade administrativa”.