Para celebrar o encerramento das atividades do primeiro ano do Programa de Prevenção à Violência Pacto Santa Cruz pela Paz nas escolas públicas das redes estadual e municipal de ensino, diretores, coordenadores e equipes pedagógicas envolvidas na iniciativa participaram, nesta quarta-feira, dia 30, de uma grande confraternização na sede campestre do Clube Aliança. Estiveram presentes também servidores das secretarias municipais de Educação (SEE), de Saúde (Sesa) e de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte (Sehase).
Durante o evento, profissionais das equipes que aplicam os programas Seja, Cada Jovem Conta e Conte Comigo falaram sobre a experiência nos primeiros oito meses junto aos alunos. O Pacto atingiu até o momento 2,4 mil famílias e 11 mil estudantes. Um vídeo institucional, feito pelo Instituto Cidade Segura, parceiro da prefeitura na execução do programa, trouxe relatos de pais, professores e alunos acerca do sucesso das atividades.
A tarde festiva contou também com apresentações musicais de estudantes das Emefs Leonel Brizola e Félix Hoppe, com canto, violão, ukulele e saxofone. E agentes de saúde responsáveis pela aplicação do programa Ame, que trabalha a parentalidade positiva junto a gestantes e mães de crianças pequenas, fizeram uma avaliação das atividades que aconteceram dentro das Estratégias de Saúde da Família. No próximo ano, o programa será trabalhado também na educação infantil.
Prestigiaram a confraternização, o secretário municipal de Governança e Relações Institucionais, Everton Oltramari, coordenador do Pacto no município, o secretário municipal de Educação, Wagner Machado, o coordenador da 6ª CRE, Luis Ricardo Pinho de Moura, a coordenadora do Núcleo de Psicólogos e Assistentes Sociais da Secretaria de Educação do Estado, Salete Maria Kirst, a vice-presidente do Instituto Cidade Segura, Helena Guido, e a coordenadora do Pacto Santa Cruz na SEE, Lígia Hoppe.
Em sua fala o secretário municipal de Educação, Wagner Machado, ressaltou o papel da educação socioemocional na construção de uma cultura de paz e recordou a pandemia para reforçar importância de se trabalhar essa questão com as crianças. “Muitas pessoas ainda não saíram do luto da pandemia e sofrem diariamente para conseguir retomar suas vidas. Se nós que nos julgávamos maduros não conseguimos nos restabelecer até então, imaginem nossos pequenos em fase de formação de caráter, de psique”, alertou.
Para o coordenador do Pacto Santa Cruz pela Paz no município, Everton Oltramari, a avaliação dos primeiros oito meses é positiva e as expectativas com relação ao próximo ano também. “O céu é o limite, queremos atingir o maior número possível de crianças e seus familiares”. Ele reforçou que a família é parte fundamental para o bom êxito do programa, que precisa ser orientada para educar de forma não violenta e ensinada a transmitir valores. “O trabalho começa desde a gestante, passa pelos pais, pelos cuidadores e chega nas crianças e jovens em sala de aula”, disse.
Segundo ele, o estado emocional das crianças tem repercussão direta no processo ensino aprendizagem. “A criança estando bem emocionalmente vai aprender muito mais”, observou. Ele destacou a importância dos momentos de reflexão, respiração e diálogo. “Vimos alunos relatarem que aprenderam a controlar suas emoções, tornaram-se mais calmos, aprenderam a resolver conflitos de forma pacífica. Outros que eram mais tímidos, mais retraídos, se encorajaram e se tornaram mais participativos, passaram a interagir mais”.