Caros leitores (as).
Como tudo, também a Igreja e a fé vem mudando. Sempre cabe discussão se as mudanças são aceitáveis.
Outro dia recebi um e-mail com um filme anexo. O colega que enviou o material dizia, a título de brincadeira: “tenho nova religião”. Naquele filme se vê um homem repetindo para certo “pastor” (em tom de deboche?) um texto bem decorado. Este homem afirma ter colocado uma toalhinha junto à fechadura do banco pedindo a Jesus que pagasse a sua dívida. E, num passo de mágica, a dívida de R$ 18.000,00 foi “paga por Jesus”.
Amigos (as): esta é nova! Eu não sabia que agora Cristo paga dívidas financeiras. Sei, claro, que ele morreu por nós e que pelo seu sangue derramado nos “compra por bom preço”. Sua morte em nosso favor nos concede perdão e vida nova. Mas, pagar dívidas financeiras, num passe de mágica, isso não sabia!! Não seria isso uma crendice ou nova maneira de enganar incautos crentes? Sim, até porque as velhas táticas de assustar com o fim do mundo ou promessa de enriquecimento, já não funcionam tão bem. Deixo claro, no entanto: creio firmemente no poder de Deus. Ele pode, quando quiser, realizar qualquer milagre.
Outro fato que chamou a atenção foi uma reportagem veiculada na TV sobre o “Drive Thru Religioso”. Ocorre que certa igreja do Rio de Janeiro, já não satisfeita com as visitas dos crentes ao seu extravagante templo, montou uma barraca do lado de fora oferecendo uma oração e bênção para os motoristas que dão uma paradinha sob a tenda. Claro, uma doação financeira é bem vinda. Ora, caros leitores (as): há questões que necessito observar: oração e bênção não se vendem e não se pode comprar. A individualização da fé e a desobrigação de pertencer a uma entidade devidamente organizada, nos distanciam cada vez mais do verdadeiro Deus e, por isso, uns dos outros. Milagres individualizantes com custos financeiros e crendices mágicas não são conhecidos na prática de Jesus. Além do mais, até mesmo em um congestionamento posso dirigir minhas orações a Deus e rogar por sua bênção.
A constituição nos garante liberdade religiosa. Ou, até mesmo, ter religião ou fé nenhuma. E, ainda mais: cada qual pode crer no que quiser ou até mesmo crer em nada. Mas, como em todas as outras áreas da vida, também nesta há verdade e ilusão. Toda individualização, comercialização e privatização da fé deve ser questionada.
Ateu, aliás, é algo que não existe. Pode-se não crer no Deus bíblico, mas sempre se haverá de crer em algo. Crer em nada também é crer em algo. Pois, nosso “Deus” é precisamente aquele (ou aquilo) pelo que bate o nosso coração .
Estamos, então, entre dois extremos: de um lado aqueles procuram milagres, unções e soluções mágicas. E de outro, aqueles que não querem crer no Deus da vida. Nem lá, nem cá! Apenas, o verdadeiro Evangelho de Cristo. Tenho fé no Deus que tem poder de curar e salvar. Mas, por ser ELE DEUS, sabe quando é o tempo certo para cada coisa.
Avisos:
Sábado: Culto Com. João Alves, 20 h SC
Domingo: 9 h- Culto Apóstolo Paulo SC e Martin Luther SC
9.30 h- Culto na Igreja Centro.