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Estado inaugura sala de monitoramento para o combate ao mosquito Aedes aegypti

A sala é uma determinação do governo federal para que todos os estados possam monitorar e acompanhar os casos

 

O governador em exercício José Paulo Cairoli esteve, nesta sexta-feira (15), na Secretaria da Saúde (SES) para inaugurar a Sala de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti, o mosquito responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. A estação de trabalho, instalada no 6º andar do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), concentrará representantes das entidades envolvidas na prevenção, servindo como um espaço de convergência para as tomadas de decisões.

A sala é uma determinação do governo federal para que todos os estados possam monitorar e acompanhar os casos. Uma parceria com o Hospital Moinhos de Vento, que doou os equipamentos e mobiliários (monitores, computadores, mesa e cadeiras), com o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e com a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) possibilitou o espaço, que é coordenado pela SES e conta com o apoio das demais secretarias do governo e representantes do Ministério da Saúde, Sindicato Médico do Estado (Simers), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Ministério Público do Estado, Federação dos Municípios (Famurs), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS), Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Exército Brasileiro e Associação Riograndense de Imprensa.

Além da sala de monitoramento, também foi apresentado o aplicativo de celular desenvolvimento para a população, que estará disponível na semana que vem, pelo qual podem ser feitas denúncias de foco do mosquito, além de informações sobre prevenção e doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Segundo levantamento apresentado pelo secretário João Gabbardo dos Reis, com os dados das duas primeiras semanas de 2016, já foram notificados 108 casos suspeitos de dengue no estado, sendo apenas um caso confirmado e contraído fora do Rio Grande do Sul. Todas as sextas-feiras a SES divulgará um balanço atualizado sobre os casos de dengue, zika e chikungunya.

“Precisamos tomar as medidas necessárias para uma ação mais enérgica. Essas ferramentas de inteligência apresentadas nos ajudarão nas tomadas de decisões. Haverá monitoramento permanente dos dados para que possamos retardar a chegada da zika ao estado”, destacou o secretário.

O governador em exercício agradeceu o trabalho do Comitê Intersetorial de Combate do Aedes aegypti, criado em dezembro do ano passado, e a liderança do secretário Gabbardo na busca da integração de todos em benefício do coletivo. “Quando nos envolvemos todos em uma causa pública, para a sociedade, o resultado está aí, nós nos antecipando a uma situação extremamente grave”.

O Rio Grande do Sul também receberá reforço de mais de 10 mil agentes aomunitários de Saúde no combate ao Aedes aegypti, que executarão ações de combate aos criadouros do mosquito e de orientação sobre as doenças transmitidas durante as visitas domiciliares. 
 

Casos no estado 

Em 2015, foram 4.065 casos notificados de dengue, 1.277 confirmados e 1.044 autóctones (contraídos fora do estado), sendo a Região Nordeste onde tem maior incidência de dengue.

Foram 24 casos suspeitos de zika vírus e nenhum confirmado. De febre de chikungunya também não há registro.

No Rio Grande do Sul um caso de microcefalia já foi confirmado pelo critério clínico-epidemiológico, no município de Esteio, na Região Metropolitana, relacionado a uma possível infecção pelo zika. A microcefalia é uma má-formação congênita, na qual os bebês nascem com perímetro cefálico menor de 32 cm. 

Ações do RS 

Desde os primeiros casos identificados no país, a SES se antecipou à possível chegada do vírus ao Rio Grande do Sul com medidas preventivas. Entre as principais ações do plano estadual está o Comitê Intersetorial e a campanha RScontraAedes, que é um conjunto de ações de informações, prevenção e combate ao mosquito. A população pode participar utilizando o site RscontraAedes.ufrgs.br e o telefone 0800 645 3308 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30). Os canais estão disponíveis para dúvidas e informações sobre as doenças, assim como denúncias de focos do mosquito.
 

 

Mais informações: http://www.saude.rs.gov.br/conteudo/9858/?Sala_de_monitoramento_e_aplicativos_para_celular_e_refor%C3%A7am_o_combate_ao_mosquito_da_dengue