Odilon S. Blank*
O “O Livro dos Espíritos” narra-nos que no plano espiritual os bons ou maus espíritos se reúnem em grupos ou famílias, pela lei da afinidade; os bons gostam de conviver com os que lutam pela vitória da filosofia de Jesus (o bem) e os maus juntam-se não por amor, mas pelos gostos e paixões que sentem em perpetuar ou prolongar ao máximo o reinado da maldade (velhacaria, inveja, ciúmes, assassínios, roubos, estupros, etc), que lhe causa prazer.
Os bons Espíritos podem ir a toda parte mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos atrasados, para que não perturbem o ambiente de paz e fraternidade permanentemente reinantes.
Os maus sentem grande despeito por não participarem da companhia dos bons e procuram impedir o quanto possam o acesso dos Espíritos ainda inexperientes às regiões de paz e alegria. Desejam que os outros também sofram tanto quanto eles; sentem que deverão mudar o modo de viver para serem felizes, mas resistem ao máximo a este impulso para melhorarem.
Os Espíritos se comunicam pelo fluido, que transmite seus pensamentos como se fosse um telégrafo universal.
Os atrasados não podem dissimular seus pensamentos para os perfeitos, mas estes podem tornar-se invisíveis quando julgarem útil fazê-lo. Distinguem-se uns dos outros pelo perispírito, que é como se fosse o seu corpo.
No regresso ao plano espiritual, o Espírito justo é acolhido como o irmão querido e esperado e os maldosos são desprezados pelos seus atos. É necessário algum tempo, até que alma se recupere, após a morte, para reconhecer e conviver novamente com os amigos e parentes, já desencarnados.
Os maus recebem os Espíritos impuros com satisfação, por se lhe assemelharem. Os bons são ajudados a desprender-se dos líamos do corpo material pelos seus amigos e aperfeiçoados ao passado que os que tiveram uma existência cheia de maldade e egoísmo, ficam sós ou tem a rodeá-los os que são semelhantes a eles.
(continua)
*Aposentado