Odilon S. Blank*
Continuamos o estudo do “O Livro dos Espíritos”. Por aí podemos aquilatar os motivos de nascimentos com destinos diferentes e quais as explicações para a dor e o sofrimento já ao nascer, de uns e facilidades na vida, para outros.
Porque uns já nascem aleijados, cegos ou idiotas? Qual a justiça, se nada fizeram para ter tal sorte? Só a tese das vidas sucessivas poderá explicar de forma sensata e aceitável estas aparentes injustiças da Vida.
Ao desencarnar, os Espíritos levam consigo suas virtudes e defeitos; isto é, continuam sendo como o eram na vida material, apenas, com melhor visão das coisas, vêem melhor seus defeitos a corrigirem e virtudes a ampliarem.
Conforme seu grau de elevação, podem os Espíritos irem a outros lugares quando desencarnados; quanto mais atrasados e maus, restritos são seus movimentos.
O céu consiste em sentirem felicidade pelo dever cumprido e o “inferno” é a lembrança dos delitos contra a Lei de Deus, que lhes causa remorsos e o desejo de voltarem e quitarem-se com a Lei Maior.
De volta ao mundo espiritual o Espírito conserva os conhecimentos adquiridos no mundo material e relembram outros que tinha em existências anteriores e que o “véu” lançado pela carne obscurecida.
Quanto mais aperfeiçoados, mais os Espíritos sabem. Os puros já conhecem o princípio das coisas; os inferiores sabem tanto quanto os homens.
Os Espíritos vivem fora do tempo como o entendemos e a sua duração para eles deixa de existir. Os séculos, para eles são como que instantes.
Nem tudo os Espíritos sabem, começando pela própria criação. A medida que evolui descortina o futuro mais claramente, mas o conhecimento completo do futuro só Deus possui.
Os Espíritos superiores veem e compreendem Deus; os inferiores O sentem e adivinham.
As ordens de Deus são transmitidas aos Espíritos imediatamente superiores que transmitem por hierarquia até os inferiores.
(continua)