Odilon S. Blank
A curta duração da vida de uma criança pode ser motivada pela necessidade de completar o tempo de outra existência anterior e servir também como prova ou expiação para os pais.
A criança que morre pequena, deverá começar outra existência, quando chegar seu tempo de reencarnar.
Imaginem se tivéssemos uma só existência para decidir nosso destino eterno! Para onde iriam as criancinhas de um dia, uma semana, um mês ou mais de vida? Teriam méritos para ir para o céu, junto com os que lutaram contra as tentações da matéria por longos anos? Ou lhes seria vedada a entrada no paraíso? Não teriam culpa alguma, pois morreriam sem ter pecado, mas também não teriam feito o bem! Só pela reencarnação encontramos explicação sensata e racional para este fato…
Em uma nova existência, o Espírito que animou um corpo masculino poderá animar um corpo feminino.
Os Espíritos não tem sexo e encarnam o sexo que mais lhe convenha na nova existência.
Os pais transmitem aos filhos apenas a vida animal. Um pai obtuso pode ter filhos inteligentes e vice-versa.
A sucessão de existências corporais, cria ligações que remontam à muitas vidas anteriores entre os Espíritos. Daí a simpatia que sentimos por pessoas estranhas. A reencarnação amplia deveres de fraternidade porque no nosso próximo poderá achar-se alguém com quem tivemos laços familiares.
Isto diminui a importância que alguns dão à genealogia, pois quem na existência atual tem antepassados de origem ilustre, poderá em existência anterior ter tido ascendentes de baixa condição social.
Os pais transmitem aos filhos a semelhança física mas não a moral pois o corpo deriva do corpo mas o Espírito não. Os pais exercem grande influência sobre a educação dos filhos e é sua missão desenvolvê-los para o bem.
(continua)