Início Religião Espiritismo XVII

Espiritismo XVII

Odilon S. Blank*

Os espíritos jovens podem ser comparados as crianças, que necessitam desenvolver suas aptidões naturais.
Os Espíritos puros são chamados de anjos, arcanjos, etc. Eles percorrem todos os graus da escala evolutiva, uns mais depressa que outros. Em geral, são de mundos criados muito antes do que a Terra. O que entendemos nós da eternidade?
Os chamados demônios são Espíritos que se comprazem no mal, ali demorando até o que o arrependimento os faça mudar de atitude.
Deus jamais criaria filhos para serem certamente maus. Isto não se coaduna com a idéia que dele fazemos de infinitivamente perfeito.
O problema das religiões que pregaram a existência do Diabo, eternamente mau, é que tomam as Escrituras ao “pé da letra”, sem conseguir interpretar-lhes o “Espírito”.
Na bíblia existem muitos trechos que se contradizem uns aos outros, se não soubermos discernir a “letra” do “Espírito”.
Deus impõe aos Espíritos a encarnação para fazê-los chegar à perfeição, tendo que sofrer todas as vicissitudes da vida material. Também é para que o Espírito suporte a parte que lhe toca na criação.
Em cada mundo toma o Espírito um corpo em harmonia com a matéria essencial deste mundo, para aí cumprir as ordens de Deus, evoluindo destarte.
Todos os Espíritos são criados simples e ignorantes, e Deus que é justo, não faz uns felizes e outros infelizes.
Todos recebem de acordo com seus méritos. Por aí podemos ver que a teoria religiosa de uma só encarnação seria um absurdo monstruoso, pois nasceriam tantos doentes e aleijados físicos e mentalmente? O que eles teriam feito para tal merecerem?
Isto faria de Deus para um pai parcial, que a uns agradaria e a outros castigaria sem motivos…
(continua)

*Aposentado