É na luta pela sobrevivência que o Espírito exercita as suas faculdades e evolui. Nos seres inferiores da criação, a alma se elabora e ensaia para a vida.
No homem, a alma mal se distingue do animal, predominando o instinto animal, mas aos poucos surge o sentimento moral, desenvolvendo-se pelas diversas reencarnações a sensibilidade e ganha horror ao sangue e a violência. A luta final é puramente intelectual e o homem luta mais contra seus defeitos interiores e não com seus semelhantes.
No princípio da humanidade, as informações e explicações sobre a criação e funcionamento do Universo foram de acordo com os conhecimentos da época. Assim, por exemplo, a Bíblia judaica está cheia de ensinos que na época foram aceitos por um povo primitivo e ignorante, mas que para as pessoas cultas de hoje são absurdas e inaceitáveis, tais como: formação do Universo em 6 dias; Deus descansou no 7º dia; Eva foi criada de uma costela de Adão; o homem foi feito do barro; o sol parou a pedido de Josué (sabe-se hoje que a Terra que gira em torno do sol, mas Moisés e seus seguidores ignoravam isto…) e mil e uma lendas e mitos ainda aceitos pelas pessoas mais crédulas e incultas e habitualmente exploradas pelo que fizeram da Bíblia a base de suas religiões…
Como já lemos na “A Gênese”, a medida que o homem foi se adiantando no conhecimento das leis da criação do Universo e da Terra, foi retificando as ideias que formara sobre a origem das coisas. A Astronomia abriu-lhes as portas do infinito; a física revelou-lhes as leis da gravitação, calor, luz e eletricidade; a Química mostrou as transformações da matéria; a geologia ensinou pela leitura das camadas terrestres, como formou se lentamente o planeta. A Botânica, a Zoologia, a Paleontologia e a Antropologia iniciaram o homem na evolução dos seres organizados e pela Arqueologia o homem viu traços deixados pelas civilizações através dos tempos (os velhos exegetas bíblicos e outros líderes religiosos da antiguidade erigiram seus sistemas em total e absurdas para as pessoas cultas da atualidade).
Odilon S. Blank