Odilon S. Blank*
No plano espiritual, os desencarnados têm ocupações de acordo com seu grau evolutivo, uns se instruem, preparando nova encarnação, outros mais evoluídos dirigem acontecimentos, assistem indivíduos, famílias, cidades, povos, etc.
Outros presidem os fenômenos da Natureza; os vulgares cuidam das diversões e ocupações dos encarnados comuns. Os que praticam o mal o fazem pelo despeito de não poderem gozar das alegrias dos que já são melhores do que eles.
Estudando agora os ramos da Natureza, vemos que o reino mineral é constituído de matéria inerte que só tem em si uma força mecânica; já os vegetais são dotados de vitalidade e os animais além da vitalidade possuem uma inteligência instintiva e são conscientes de sua existência e de sua individualidade. O homem, além da vitalidade tem já uma inteligência especial, com consciência do futuro, percepção espiritual e conhecimento de Deus.
Há nas plantas um instinto mecânico. No homem o corpo se destrói como o dos animais mas seu Espírito está assinalado um destino que só ele compreende porque é livre a faculdade de pensar em Deus.
Os animais possuem uma liberdade restrita aos atos da vida material; porém, há neles um princípio independente da matéria e que sobrevive ao corpo. É uma alma inferior à do homem e há entre a alma animal e a humana a distância equivalente a medeia individualidade mas não a consciência de seu eu. Os animais possuem só a inteligência da vida material; no homem a inteligência proporciona a vida moral. Há no homem a natureza animal e a espiritual. Pelo seu corpo participa da natureza dos animais mas por sua alma, participa da natureza dos Espíritos.
Os animais tiram do elemento inteligente universal o princípio inteligente que constitui a alma de que são dotados.
(continua)
*Aposentado