Continuo o estudo do “O Livro dos Espíritos”, uma das obras básicas do coordenador do Espiritismo, Allan Kardec.
Os Espíritos concorrem para a harmonia universal, fazendo a vontade de Deus e executando suas ordens, conforme seu grau evolutivo; a vida espiritual é uma ocupação contínua, sem fadigas ou necessidades da vida material. Todas têm deveres a cumprir, desde os inferiores até os mais evoluídos (numa construção todos concorrem, desde o servente de pedreiro até o arquiteto); cada um tem atribuições conforme seu grau de evolução intelectual e moral.
Na Vida Eterna há tempo para tudo, teremos que adquirir o conhecimento de todas as coisas, mas de forma gradual. Não é isto muito mais racional e sensato que penas eternas no inferno que nada adiantariam para o Espírito? Isto apenas faria da vida, um mero jogo de azar pois dependerá do ambiente que nascemos o “salvar-se” ou “perder-se” e eternamente.
Allan Kardec não criou nem descobriu as relações entre o mundo espiritual e o “material” (energia condensada); apenas ordenou e explicou como aconteciam estes “fenômenos” perfeitamente naturais e que sucedem –se desde tempos imemoriais, conforme poderão ver os que pesquisarem os sucessos mediúnicos acontecidos já há muito tempo antes do cristianismo.
Já foi explicado que os Espíritos são criados simples e ignorantes, tendo que percorrer os diversos graus da escala evolutivo, para adquirirem sabedoria e perfeição. Deus, que é justo, não dá nada sem trabalho e dedicação; Ele não tem privilegiados que já nasceriam perfeitos (como ensinam algumas religiões, que os anjos já foram criados felizes e sábios sem necessitarem de luta, trabalho e esforço para herdarem o “céu” (que é um “estado de consciência” e não um local geográfico) enquanto os seres humanos precisariam de muita luta e sacrifícios para herdarem o mesmo “paraíso”. Isto faria de Deus um criador injusto, que privilegia uns em detrimento de outros de seus filhos…
Odilon S. Blank